Após relembrar quem deu a volta por cima , decepcionou , quais foram as  polêmicas e também as  notícias mais lidas de 2018, a quinta retrospectiva do iG Esporte seleciona os maiores destaques no mundo dos esportes deste ano que está próximo do fim.

Entre equipes e esportistas individuais, destacaremos nesta retrospectiva o Golden State Warriors, atual bicampeão da NBA, o mesatenista Hugo Calderano, o canoísta Isaquias Queiroz e também a tenista Simona Halep, entre outras personalidades. Confira a lista completa abaixo.

Golden State Warriors

Jogadores do Golden State Warriors levantam o troféu Larry O'Brien de campeão da NBA pelo segundo ano consecutivo; time abre a retrospectiva de destaques de 2018
Reprodução/Twitter/NBA
Jogadores do Golden State Warriors levantam o troféu Larry O'Brien de campeão da NBA pelo segundo ano consecutivo; time abre a retrospectiva de destaques de 2018

A franquia localizada em Oakland, na Califórnia, era a atual campeã da NBA e fechou a temporada regular 2017/18 com 58 vitórias e 24 derrotas, abaixo do que havia feito nos anos anteriores. Isso aconteceu muito por conta das lesões sofridas pelos astros Stephen Curry e Kevin Durant, mas não atrapalhou na classificação para a pós-temporada.

Classificado em segundo lugar na Conferência Oeste, o Golden State Warriors  ficou atrás somente do Houston Rockets e na primeira perna dos playoffs enfrentou o San Antonio Spurs, triunfando por 4 a 1. Na semifinal, contra o New Orleans Pelicans, o placar se repetiu e a equipe se garantiu na decisão do Oeste pelo quarto ano seguido.

A decisão foi justamente contra o Rockets, melhor time da liga na temporada regular. E o que todos esperavam aconteceu: foram necessários sete jogos para definir quem iria para a NBA Finals 2018. O Warriors abriu a série com vitória por 119 a 106 longe de seus domínios. No jogo 2, o Rockets descontou e venceu por 127 a 105, deixando tudo igual.

Na terceira partida, nova vitória do Golden State, desta vez por 126 a 85 sob os olhares de seus torcedores. No jogo 4, porém, o Rockets devolveu e venceu por 95 a 92. A quinta partida marcou a virada do Houston na série em vitória por 98 a 94. Em casa, o time de Curry e companhia venceu por 115 a 86 e forçou o jogo 7. Nele, na casa do Rockets, vitória do Golden State por 101 a 92 e vaga na final garantida.

O adversário da decisão da NBA seria o velho conhecido Cleveland Cavaliers de LeBron James e que já havia encarado o supertime nos três anos anteriores (duas vitórias para o Golden State e uma para o Cavs).

A primeira partida, na Oracle Arena, em Oakland, foi a mais equilibrada e marcou uma das cenas mais hilárias da última temporada da NBA, quando JR Smith, do Cavaliers, não passou a bola para James arremessar nos últimos segundos no momento que o placar estava igual.

Na prorrogação, os donos da casa se impuseram e venceram por 124 a 114. No segundo confronto, passeio do Warriors e vitória por 122 a 103 sem ficar atrás do placar uma vez sequer durante os quatro quartos e grande atuação de Stephen Curry, que terminou com 33 pontos.

O terceiro confronto foi para a casa do Cavaliers, que conseguiu equilibrar, mas, com 43 pontos de Kevin Durant, o Golden State venceu por 110 a 102 e ficou a uma partida do título. No quarto duelo, o Cavs não resistiu à força do Warriors e sucumbiu ao ser  derrotado por 108 a 85 e ver (talvez) o maior rival comemorar o título diante de sua torcida, que dois anos antes havia comemorado a conquista inédita justamente contra o GSW.

Sendo assim, o Cavaliers foi "varrido" da série final, isto é, não venceu um duelo sequer. Já faziam 11 anos que isso não acontecia nas Finais e a última vítima havia sido justamente o Cleveland. O Golden State Warriors, por sua vez, se tornou a primeira franquia a vencer duas vezes uma final de forma invicta.

O troféu de MVP das Finais ficou com Kevin Durant, que foi muito regular nos quatro jogos e ainda colaborou na construção de uma dinastia na NBA juntamente com Stephen Curry, Draymond Green e Klay Thompson. Foi o sexto troféu na história da franquia (hoje) localizada em Oakland.

Seleção croata de futebol masculino

Técnico da Croácia, Zlatko Dalic, comemorando com Modric a vitória histórica contra a Inglaterra na semifinal da Copa 2018
Divulgação/Fifa.com
Técnico da Croácia, Zlatko Dalic, comemorando com Modric a vitória histórica contra a Inglaterra na semifinal da Copa 2018

A melhor colocação da seleção croata de futebol masculino em uma Copa do Mundo havia sido em 1998, quando ficou em terceiro lugar na França. Comandada por Luka Modric, eleito melhor do mundo (você verá mais abaixo um destaque só para o camisa 10), a Croácia garantiu a vaga na Copa de 2018 na repescagem, em novembro de 2017.

O sorteio colocou a seleção, que disputou seu primeiro Mundial em 1998, já que até 1990 era parte da Iugoslávia, no Grupo D, ao lado da Argentina, Nigéria e Islândia. Com três vitórias, ficou na primeira colocação e avançou às oitavas de final para enfrentar a Dinamarca e o drama começou.

Nos  pênaltis (3 a 2) após empate por 1 a 1 no tempo normal e prorrogação, a equipe de Zlatko Dalic avançou e se garantiu para enfrentar a anfitriã Rússia. Contra os donos da casa, novo empate, desta vez por 2 a 2 nos 120 minutos , e vaga para ficar entre os quatro melhores novamente confirmada nos pênaltis.

Na semifinal, a Croácia enfrentou a Inglaterra e saiu atrás logo no início, mas conseguiu o empate ainda no tempo normal e já na  prorrogação marcou mais um com Madzukic para chegar à inédita final e encarar a sensação França.

Como todos sabem, o primeiro título não veio ( derrota por 4 a 2 ), mas a seleção da Croácia certamente saiu vencedora em 2018. De um modesto 18º lugar no ranking em dezembro do ano passado, para o vice-campeonato do mundo e o quarto lugar entre as melhores seleções do mundo, de acordo com a Fifa. Além disso, Modric, camisa 10 e capitão, foi escolhido o craque do Mundial .

Simona Halep

Simona Halep beija o troféu de campeã de Roland Garros, seu primeiro Grand Slam na carreira
Reprodução/Twitter/WTA
Simona Halep beija o troféu de campeã de Roland Garros, seu primeiro Grand Slam na carreira

A romena Simona Halep há algum tempo figura entre as principais atletas do tênis mundial, mas faltava algo muito importante na vida de qualquer tenista de ponta: a conquista de um Grand Slam. Após dois vices em Roland Garros (2014 e 2017), a romena abriu a temporada chegando à decisão do primeiro torneio Major do ano, o Aberto da Austrália.

Em sua primeira final de Grand Slam piso duro, Simona, no entanto, não conseguiu quebrar o tabu e acabou superada por Caroline Wozniacki por 2 sets a 1. Na competição seguinte, Roland Garros, onde ela já tinha batido na trave duas vezes, ela novamente chegou à decisão - e o título finalmente foi para suas mãos.

Contra a norte-americana Sloane Stephens, Simona Halep começou perdendo, mas conseguiu a virada nos dois sets seguintes e venceu por 2 a 1 , colocando seu nome entre as vencedoras de torneios Grand Slam aos 27 anos. Os bons resultados nos dois primeiros Majors do ano colocaram a tenista na liderança do ranking mundial, posto que ela ocupará, pelo menos, até o início do Aberto da Austrália 2019.

Isaquias Queiroz

Isaquias Queiroz é o maior nome da canoagem brasileira
Fotos públicas / Divulgação
Isaquias Queiroz é o maior nome da canoagem brasileira

Isaquias Queiroz , canoísta brasileiro natural de Ubaitaba, na Bahia, fez mais um ano digno de um dos melhores atletas de 2018. Ele já era bicampeão da categoria C-1 500, além de muitos outros títulos e também medalhas de prata e bronze, como as que conquistou nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, e chegou ao Campeonato Mundial de Montemor-o-Velho, em Portugal, entre os favoritos.

Sem vencer a competição desde 2014, ele conseguiu superar o então bicampeão Martin Fuksa e também Sebastian Brendel para voltar a subir ao lugar mais alto do pódio. Ele venceu ainda a prova C2 500m , ao lado de Erlon de Souza e foi bronze no C1 1000m, chegando a dez medalhas em mundiais, sendo cinco douradas.

Além disso, o canoísta de 24 anos ainda pode fechar 2018 com o troféu de Melhor Atleta do Ano do Prêmio Brasil Olímpico 2018 organizado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), que será anunciado em cerimônia no Rio de Janeiro esta noite.

Lewis Hamilton

Lewis Hamilton é pentacampeão da Fórmula 1
Divulgação
Lewis Hamilton é pentacampeão da Fórmula 1

O primeiro título de Fórmula 1 do britânico Lewis Hamilton , hoje com 33 anos, aconteceu em 2008, com a equipe McLaren, quando ele conseguiu superar o brasileiro Felipe Massa. Após seis anos, veio a segunda conquista, já com a Mercedes, e, consequentemente, a dominância e confirmação de que é um dos grandes pilotos da história.

Em 2015, terminou em primeiro novamente e garantiu o tricampeonato. O tetra chegou em 2017 e, neste ano, o penta. A disputa nesta temporada foi com o alemão Sebastian Vettel, mas o caneco foi para Hamilton com três etapas de antecedência . Ao todo, foram 11 vitórias em 21 GPs e 408 pontos conquistados, contra 320 de Vettel.

Vinculado à equipe Mercedes até, pelo menos, 2020, o segundo maior vencedor da história da Fórmula 1 terá a chance de igualar Michael Schumacher, que tem sete títulos. Com as vitórias deste ano, ele se consolidou na segunda colocação entre os maiores vencedores de provas (73). Em pole positions, no entanto, ele lidera o ranking com 83 no total.

Luka Modric

Modric foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa e quebrou hegemonia de Cristiano Ronaldo e Messi
Divulgação/Fifa
Modric foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa e quebrou hegemonia de Cristiano Ronaldo e Messi

Luka Modric chegou ao Real Madrid em 2012 e desde 2006 joga pela seleção principal da Croácia, feitos que já seriam suficientes para qualquer atleta de ponta: defender um grande clube e a seleção de seu país. Mas o meia queria mais e isso veio em 2018.

Com o títulos da Liga dos Campeões 2017-18, o terceiro consecutivo pelo Real Madrid, Modric se colocou entre os postulantes ao prêmio de melhor jogador do ano, mas ainda tinha a sombra de Cristiano Ronaldo, que também havia conquistado o torneio europeu nas últimas edições.

O diferencial, no entanto, aconteceu na Copa do Mundo. Luka Modric ajudou a Croácia a chegar ao inédito vice-campeonato mundial, como já foi destacado mais acima, e CR7 não passou das oitavas de final com Portugal. A partir de então, o camisa 10 se tornou favorito aos principais prêmios individuais.

Ele primeiro recebeu a Bola de Ouro da Copa do Mundo, onde foi escolhido o melhor jogador em três jogos, entrou para a seleção da Copa e também da Liga dos Campeões. Foi eleito o melhor meia da Liga dos Campeões e o jogador do ano da Federação Croata.

No fim de setembro, então, Modric superou Cristiano Ronaldo e Mohamed Salah e ganhou o  prêmio The Best de melhor jogador do mundo da Fifa. Logo depois, ganhou também o prêmio da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol. A última coroação aconteceu no início de dezembro, quando ficou também com a Bola de Ouro , entregue pela revista France Football .

Muita gente no mundo do futebol não concordou com as premiações, mas elas aconteceram e Luka Modric será lembrado por muitos anos como o homem que conseguiu quebrar a sequência de conquistas dos gênios Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.

Hugo Calderano

Hugo Calderano vibra após conquistar mais uma vitória em sua carreira
Christian Martinez / RGB Studios / CBTM
Hugo Calderano vibra após conquistar mais uma vitória em sua carreira

O mesatenista Hugo Calderano tem apenas 22 anos, mas já acumula muitas conquistas importantes em sua carreira. Foi em 2018, no entanto, que ele alcançou feitos que nenhum outro brasileiro jamais conseguiu.

Durante o Circuito Mundial de Tênis de Mesa, no Aberto do Catar, ele tornou-se o primeiro brasileiro finalista na competição. Além disso, alcançou a sexta colocação do ranking e fez com que a América Latina fosse representada no top 10 pela primeira vez.

Para fechar o ano com chave de ouro, Calderano foi indicado ao prêmio de  melhor mesatenista do mundo pela Federação Internacional de Tênis de Mesa e ficou com a medalha de bronze no Grand Finals , algo histórico para a modalidade no Brasil.

Futebol argentino

River Plate bateu o Boca Juniors e faturou o título da Libertadores de 2018, no ano que o futebol argentino ficou nos holofotes do mundo
Ole / Divulgação
River Plate bateu o Boca Juniors e faturou o título da Libertadores de 2018, no ano que o futebol argentino ficou nos holofotes do mundo

Quando o ano começou, o futebol argentino já liderava o ranking de títulos da Copa Libertadores da América com 24, distribuídos entre oito clubes, contra 18 do Brasil, segundo maior vencedor. Quiseram os deuses do futebol, entretanto, que essa vantagem aumentasse - e de uma forma inédita.

Pela primeira vez na história, dois times da Argentina decidiram a principal competição de clubes da América do Sul, colocando o futebol do país vizinho nos holofotes do mundo, ainda mais porque quem chegou até lá foram Boca Juniors e River Plate, os maiores do país.

A primeira partida aconteceu na La Bombonera, estádio do Boca, e terminou empatada em 1 a 1. O segundo duelo, por conta de problemas extra-campo , foi disputado um mês depois e pela primeira vez fora da América, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, Espanha.

Com uma vitória por 3 a 1, o  River superou seu maior rival e ficou com o título da Libertadores, o quarto de sua história. De quebra, o futebol argentino aumentou a distância para o Brasil entre os maiores campeões do torneio, agora com 25 conquistas e 69% de aproveitamento em todas as finais.

E você, internauta, colocaria mais esportistas ou equipes na retrospectiva de destaques do ano? Comente abaixo.

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