Acusado de participar do assassinato da então amante Eliza Samudio, em 2010, o goleiro Bruno , de 34 anos de idade, conseguiu progressão de pena e agora passa a cumprir regime semiaberto , prestes a retornar ao gramados.
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E não faltavam interessados, já que quatro clubes manifestaram desejo de contar com o atleta, segundo a sua própria advogada. No final das contas, o arqueiro acertou com o Poços de Caldas, de Minas Gerais .
Vale lembrar que, em 2017, quando conseguiu um habeas corpus e deixou a prisão, Bruno Fernandes chegou a ser contratado pelo Boa Esporte, atuando em algumas partidas. Mas depois retornou ao presídio para cumprir a pena em regime fechado.
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O caso de Bruno não é exclusividade dentro do futebol. Existem outros jogadores que chegaram a ficar encarceirados, independente do tempo, mas que depois deixaram a prisão para retornar aos gramados. Confira abaixo:
César, lateral esquerdo
Grande astro do São Caetano no começo dos anos 2000, César foi enquadrado no artigo 157, assalto à mão armada, ao participar de um roubo de 100 mil dólares do Juventus da Mooca, time pelo qual atuava, em 1994. Ele foi condenado a cinco anos e seis meses de detenção e ficou no Carandiru. Ganhou o direito de cumprir pena em regime semiaberto a partir de 1999, sendo que depois ainda atuou por Lazio, Inter de Milão e Corinthians.
Breno, zagueiro
Em julho de 2012, Breno foi condenado a três anos e nove meses de detenção na Alemanha por atear fogo na própria casa onde morava. Na época, ele defendia o Bayern de Munique. O jogador cumpriu dois terços de sua pena e, em 2015, retornou ao São Paulo, clube pelo qual foi revelado antes de se transferir para o futebol alemão, e atualmente defende o Vasco.
Valdiram, atacante
O atacante Valdiram, que foi assassinado neste ano, em São Paulo , foi contratado pelo Vasco em 2006 depois de ficar preso em três oportunidades. A primeira foi em 2000, quando atuava pelo Mirassol, por agredir uma namorada; em 2003, quando estava no CRB, foi detido acusado de tentar estuprar uma vendedora. No ano seguinte, quando jogava em Portugal, também foi preso por tentativa de estupro a uma mulher e tentativa de homicídio a um homem.
Jobson, atacante
Em 2016, Jobson foi acusado de estupro de quatro menores de idade e acabou sendo levado para o Presídio de Marabá. Foi solto no mesmo ano após pagar fiança. No ano seguinte, voltou a ser preso após se envolver em um acidente de trânsito que causou a morte de um homem, no Tocantins. Livre novamente, ele voltou aos gramados pelo Brasiliense e também defendeu o Capital-DF.
Cuca, atacante (hoje técnico)
Atualmente treinador, Cuca foi acusado de ter estuprado a suíça Sandra Pfäffli, de 14 anos, em 1987, quando defendia as cores do Grêmio - a moça teria ido pedir autógrafo aos jogadores do time gaúcho no hotel da delegação e foi atraída ao quarto para ter relações sexuais. Juntamente com os colegas Henrique, Eduardo e Fernando, Cuca ficou preso por 28 dias no país europeu antes de voltar ao Brasil e ainda teve que pagar 4 mil dólares.
Viola, atacante
O caricato centroavante de Corinthians, Palmeiras e Santos foi preso em Carapicuíba no ano de 2012, acusado pela esposa de ter cometido violência doméstica contra sua esposa, além de ser detido por porte ilegal de arma de fogo e desobediência judicial. Ficou preso por cinco dias. Depois desse incidente, já veterano, jogou por Grêmio Osasco, Tanabi, Portuguesa Santista e Taboão da Serra.
René Higuita, goleiro
O folclórico goleiro colombiano foi preso em 1993, acusado de participação em um sequestro - isso, inclusive, o tirou da Copa do Mundo de 1994. Depois de cumprir a pena, voltou a jogar por times do seu país, como Atlético Nacional, Independiente Medellín e Junior Barranquilla, entre outros clubes.
Régis, lateral-direito
Régis já foi preso
por embriaguez ao volante, posse de drogas, tentativa de invasão a um apartamento e tentativa de invasão a um motel. Mesmo após tanta polêmica, inclusive sendo usuário de drogas, voltou a atuar por CSA e São Bento.
Marcelinho Paraíba, atacante
O experiente atleta foi preso em 2010 sob acusação de tentar estuprar uma mulher durante uma festa em seu sítio, na cidade de Campina Grande. Na época ele defendia o Sport. Em 2012, também foi preso acusado de agressão contra a ex-mulher
. Na sua volta aos gramados, Marcelinho defendeu muitos clubes, como Boa Esporte, Fortaleza, Joinville, Oeste, Portuguesa e Treze.
Romário, atacante
Em 2009, o "Baixinho" foi preso por não pagar pensão a Monica Santoro , sua ex-mulher, passando 22 horas na cadeia. Com o débito quitado, surpreendeu ao anunciar sua volta aos gramados para defender o América-RJ e realizar o sonho do pai.
Vampeta, volante
Vampeta não ficou muito tempo preso, foi apenas por um dia, mas como aconteceu em um outro país, viveu momentos de tensão. Em 2005, quando atuva no Al Salmiya Club, do Kuwait, foi detido por transportar seis litros de vinho - vale destacar que bebida alcoolica é proibida no país asiático. Depois dessa prisão, ainda jogou por Brasiliense, Goiás, Corinthians, Juventus e Osasco.
Diego Maradona, meio-campista
Em 1991, Maradona foi preso em Buenos Aires, na Argentina, por porte de cocaína. Acabou sendo detido num sábado e foi solto no domingo após pagar 20 mil dólares de fiança. Voltou aos campos defendendo Sevilla, Newell's Old Boys e Boca Juniors e, também, jogou a Copa do Mundo de 1994 com a seleção do seu país, nos Estados Unidos.
Leônidas da Silva, atacante
Artilheiro da Copa do Mundo de 1938, Leônidas da Silva foi preso em 1941 por falsificar o certificado de dispensa do serviço militar. Foram oito meses de detenção no quartel de Realengo. No ano seguinte, em 1942, foi contratado pelo São Paulo, onde brilhou até 1950.
Hernande, meio-campista
Revelado no Vasco no início da década de 90, Hernande ficou sete meses preso depois de atropelar três pessoas em 1995. Ainda em regime semiaberto, retornou aos gramados jogando pelo Botafogo, mas sem grande sucesso. Hoje aposentado, ele passou por equipes de menor expressão do Rio de Janeiro, como Teresópolis, Volta Redonda e Silva Jardim.