Morte do jogador Daniel: atleta tirou foto com Cris Brittes e mandou para amigo
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Morte do jogador Daniel: atleta tirou foto com Cris Brittes e mandou para amigo

O assassinato do jogador Daniel - que atuava no São Bento emprestado pelo São Paulo -, em outubro do ano passado, ainda repercute e segue tendo novos capítulos sobre o caso.  Nesta semana começam as audiências dos sete acusados pelo crime.

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Na quarta-feira da semana passada, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu habeas corpus para Allana Brittes , de 18 anos, que deixou a penitenciária Estadual de Piraquara, em Curitiba. Tia do jogador, Regina Corrêa afirmou que a acusada ficou tempo demais na cadeia.

Recentemente, uma das testemunhas do caso afirmou, em entrevista, ter tentado  evitar as agressões de Edison Brittes ao ex-atleta. E uma perícia realizada no celular de Cris Brittes, mulher do assassino Edison Brittes, trouxe algumas revelações importantes, como brigas e busca por casas de swing.

Confira os capítulos do caso que chocou o Brasil.

Morte confirmada

O jogador Daniel Corrêa foi assassinado no dia 27 de outubro
Erico Leonan/São Paulo FC
O jogador Daniel Corrêa foi assassinado no dia 27 de outubro

No dia 28 de outubro de 2018, a assessoria de imprensa de Daniel confirmou a morte do meia. Em nota, disse que o seu corpo foi encontrado em Curitiba (PR) no dia anterior, com indícios de assassinato. 

Além do São Bento, São Paulo, Botafogo, Coritiba e Ponte Preta manifestam, em suas respectivas redes sociais, o pesar pelo falecimento do jogador de 24 anos.

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Dias depois, dezenas de pessoas vão ao velório do ex-jogador. No dia 29, Edison Brittes Júnior, com quem Daniel estava em uma boate em Curitiba na noite anterior ao crime, liga para dar os pêsames à família.

Assassino se entrega

Edison Brittes, o assassino confesso
Reprodução/RPC
Edison Brittes, o assassino confesso

Edison Brittes Junior se entrega à polícia em São José dos Pinhais (PR) e assume a autoria do assassinato. Seu argumento é de que Daniel tentou estuprar sua esposa, Cristiana. Segundo ele, a sessão de espancamento do jogador teria começado em sua casa, para onde todos foram após o aniversário de 18 anos de Allana, filha do casal. 

Também foram detidas sua esposa Cristiana e sua filha Allana, ambas por tentar acobertar o crime. Mais tarde, são presas outras três pessoas que teriam participado do homicídio (David Vollero, Ygor King e Eduardo da Silva).

Estupro descartado

Daniel mandou fotos ao lado de Crtistiana Brittes logo após gravar um áudio para amigo
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Daniel mandou fotos ao lado de Crtistiana Brittes logo após gravar um áudio para amigo

O argumento de tentativa de estupro de Daniel em Cristiana é refutado pelo promotor João Milton Salles sob alguns motivos. Ele ingerira alto teor alcoólico durante a festa (13,4 dg/L) na qual encontrou-se com a família. 

Além disto, o promotor afirma que Daniel não praticaria um abuso sexual em um ambiente no qual estavam várias pessoas próximas. Aos olhos de João Milton Salles, o perfil do jogador não corresponde ao de um estuprador e nenhuma testemunha ouviu os gritos de Cristiana.

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Em reportagem divulgada no "Fantástico", há uma revelação de mensagens de Daniel. O jogador, embriagado, entrou no quarto onde Cristiana estava dormindo e tirou fotos.

Tortura

Assassino confesso do jogador Daniel, Edson Brittes mostra o local do crime para a polícia
Divulgação
Assassino confesso do jogador Daniel, Edson Brittes mostra o local do crime para a polícia

A confirmação de que Daniel foi agredido foi dada por testemunhas na casa dos Brittes. Já bastante ferido, o jogador de futebol foi colocado no porta-malas do veículo de "Juninho Riqueza".

Além de Igor Kyng e David Willian Vollero, que são amigos de Allana, está no veículo Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, namorado da prima de Cristiana. De acordo com os amigos de Allana, são ouvidos murmúrios de estrangulamento. 

Eduardo e Edison descem do carro e tiram Daniel do porta-malas. Igor e Daniel afirmam que, inicialmente, queriam deixar Daniel nu no meio da rua.

O encontro

Família Brittes combina versão da morte de Daniel com testemunhas
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Família Brittes combina versão da morte de Daniel com testemunhas

Segundo reportagem do "Fantástico", todas as pessoas que estiveram na cena do crime se encontraram na praça de alimentação em um shopping em São José dos Pinhais (PR) no dia 5 de novembro para combinar as versões contadas para a polícia.

Os acusados

Allana Brittes e Cris Brittes
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Allana Brittes e Cris Brittes

Em 29 de novembro de 2018, a Justiça do Paraná decreta a prisão preventiva de seis pessoas. Ainda há uma sétima ré: Evellyn Brisolla Perusso, com quem Daniel "ficou" naquela noite e cometeu falso testemunho, que responde em liberdade.

  • Edison Brittes Júnior : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor e coação no curso do processo;
  • Cristiana Brittes : acusado de homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;
  • Allana Brittes : acusada de coação no processo, fraude processual e corrupção de adolescente;
  • Ygor King : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
  • Eduardo Henrique da Silva : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor. Ele é primo de Cris Brittes;
  • David William Vollero Silva : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;
  • Evellyn Brisola Perusso : acusada de denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho.

Primeira fase

Allana e Cristiana Brittes durante as primeiras audiências
Reprodução / Massa News
Allana e Cristiana Brittes durante as primeiras audiências

O julgamento do Caso Daniel teve início em fevereiro deste ano, quando foram ouvidas 14 das 77 testemunhas arroladas no caso. Na porta do fórum em São José dos Pinhais, um grupo pediu "justiça". Algumas coisas começam a ser indicadas por testemunhas de acusação.

Novas revelações

Cris Brittes e Edison Brittes
Reprodução/Instagram
Cris Brittes e Edison Brittes

Em julho, novas informações voltaram a trazer o caso para os holofotes. A perícia realizada no celular de Cristina Brittes reforçou a tese de uma testemunha do caso, de que Edison teria convidado o atleta para dormir com sua mulher na manhã do dia do crime. De acordo com a investigação, a moça pesquisou por casas de swing no Google, através do celular.

Segundo informação da RPC, Allana Brittes, filha de Edison Brittes, mandou mensagens para marcar o encontro com todas as testemunhas para combinar a versão do crime aos policiais.

Depoimentos marcados

Os depoimentos da família Brittes e de outros quatro réus no processo que apura a morte de Daniel foram marcados pela 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais para os dias 13, 14 e 15 de agosto.

Testemunha conta detalhes do caso

Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel
Reproduçao TV Globo
Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel

Uma das testemunhas da morte do jogador, Lucas Mineiro revelou que tentou conter as agressões contra o atleta e que foi ameaçado por Edison Brittes. O depoimento foi dado à RPC, do Paraná, na terça-feira. Ele, que estava na boate em que ocorreu a festa de aniversário de Allana, afirmou que pediu para que o agressor não seguisse com as ações violentas contra o jogador.

Lucas, que mora fora da cidade após relatar que foi ameaçado e toma medicamentos para depressão e pânico, já prestou esclarecimentos à polícia.

Allana deixa a prisão

A família Brittes: Cristiana, Edison e Allana
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A família Brittes: Cristiana, Edison e Allana

Aniversariante no dia da morte de Daniel, Allana Brittes deixou a penitenciária Estadual de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, na quarta-feira, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitar habeas corpus pedido pela defesa. Ela é acusada de coação e fraude processual.

Em entrevista ao Tribuna da Massa, a tia do jogador Daniel comentou sobre a liberação de Allana. Regina Corrêa acredita que a acusada ficou tempo demais na cadeia, pois a jovem não participou diretamente da morte. Regina ainda disse não existir guerra entre as famílias, mesmo com o crime.

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