Durante as audiências do mês de fevereiro do caso Daniel
, que investiga a morte do jogador em outubro do ano passado, na cidade de São José dos Pinhais, no Paraná, um depoimento chamou atenção.
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Um amigo do jogador assassinado deu detalhes da fatídica noite, já que estava na balada ao lado de Daniel , mas não participou da festa na casa da família Brittes, na manhã seguinte.
Durante o depoimento, essa testemunha disse que não acompanhou o atleta até a festa na residência pois precisava trabalhar no sábado e que começou a ficar preocupado com o sumiço do amigo.
Ele revelou ainda que, no final da festa na casa noturna, quando tentava se relacionar com uma moça, recebeu um "selinho" (beijo rápido na boca) e, ao perceber quem era, viu que se tratava de Cristiana Brittes , a mãe de Allana e esposa de Edison Brittes , o assassino confesso.
Neste momento, a afirmação da testemunha no depoimento foi questionada pelo advogado da família Brittes, Claudio Dalledone, que pediu para que o rapaz comprovasse que Cristiana havia beijado outros homens.
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O fato é que as câmeras de segurança da "Shed", nome da balada, flagraram o momento que Cris Brittes tenta dar um "selinho" em um outro rapaz - que não é a testemunha do caso - enquanto Edison está em outro local.
O vídeo divulgado pelo programa "Tribuna da Massa" mostra o homem ainda não identificado se esquivando e evitando o beijo da moça. Assista abaixo:
Isso não deve mudar os rumos da investigação e do processo, mas a acusação deve usar o vídeo para traçar ainda melhor o perfil dos acusados.
O caso Daniel
Sete pessoas são acusadas pela morte do ex-jogador Daniel Corrêa Freitas, no dia 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais . O empresário Edison Brittes confessou ter matado o atleta, que, segundo ele, teria tentado estuprar sua esposa, Cristiana Brittes.
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Edison Brittes é acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, coação de testemunha e corrupção de menor. Eduardo da Silva, Ygor King e David William da Silva também estão presos por terem participação direta no crime.
Cristiana Brittes responde por homicídio, coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de menor; já a filha Allana Brittes responde pelos mesmos crimes, exceto homicídio.
Evellyn Brisola Perusso é a única que responde em liberdade no caso Daniel . Ela é acusada de denunciação caluniosa e falso testemunho.