A modelo Ludmila Garrido é uma das testemunhas arroladas pela família Brittes no caso Daniel, e em entrevista para a "Rede Massa", acusou o jogador de ter assediado ela em uma festa há seis anos, em Minas Gerais.
"A gente não tinha muita intimidade, nos conhecemos através de amigos em comum em festas. Na época eu era muito novinha e namorava. Estava numa festa e Daniel
estava lá com amigos dele, era um rapaz aparentemente normal, era bonito, mas não era do meu interesse... muito insistente, chegou a incomodar, é como se tivesse dificuldade em aceitar o não. Forçou mesmo, me incomodou bastante", disse a testemunha do caso Daniel
.
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Questionada sobre o motivo de não ter feito uma denúncia do assédio na época, Ludmila alegou que nos dias de hoje a percepção da sociedade é diferente, e revelou ter sentido medo.
"Não cheguei a procurar a Polícia, além de ser muito nova, eu namorava, seria um problema a mais, e também o medo. A gente fica com medo, acha que no fundo a culpa é nossa, nem pensei em levar pra frente".
Há um mês, no dia 23 de março, a modelo não compareceu à audiência do caso. Um oficial de Justiça foi até o endereço para notificá-la, mas não a encontrou. Ludmila afirmou que se mudou e não teve tempo de atualizar a informação para a autoridade. A família de Daniel pediu à Justiça que desconsiderasse Ludmila como testemunha.
O caso Daniel
Sete pessoas são acusadas pela morte do ex-jogador Daniel Corrêa Freitas, no dia 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais. O empresário Edison Brittes confessou ter matado o atleta, que, segundo ele, teria tentado estuprar sua esposa, Cristiana Brittes .
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Edison Brittes é acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, coação de testemunha e corrupção de menor. Eduardo da Silva, Ygor King e David William da Silva também estão presos por terem participação direta no crime.
Cristiana Brittes responde por homicídio
, coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de menor; já a filha Allana Brittes responde pelos mesmos crimes, exceto homicídio.
Evellyn Brisola Perusso é a única que responde em liberdade no caso Daniel . Ela é acusada de denunciação caluniosa e falso testemunho.