Novidade no caso Daniel. O assassino confesso do jogador Daniel Corrêa, Edison Brittes recebeu entre 35 e 40 bilhetes enquanto estava preso na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, região Metropolitana de Curitiba. Uma das mensagens sugeria uma fuga mediante pagamento de R$ 70 mil.
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Em depoimento do próprio Brittes a inspetores do Conselho Disciplinar do Departamento Penitenciário (Depen) do Estado do Paraná, adquiridos pela emissora RPC, o principal suspeito do caso Daniel contou ainda que os bilhetes tratavam de pediso de ligações de celular, conforme consta no relatório do Conselho Comunitário.
No mesmo depoimento, Edison Brittes disse que não se responsabiliza pelo conteúdo dos bilhetes recebidos e que não tem intenção de fugir. Afirmou ainda que nunca foi flagrado com celular e nem com respostas aos bilhetes, que continham assuntos que poderiam comprometer a segurança do presídio.
"Não existe nenhum planejamento de fuga", disse o advogado de Brittes, Cláudio Dalledone, nesta quarta-feira. O recebimento dos bilhetes fez com que o criminoso fosse transferido , na última sexta-feira, para a Casa de Custódia de Curitiba.
Em um dos bilhetes, enviado por um preso identificado como Richard, era possível ler a sugestão de fuga para o assassino de Daniel mediante pagamento de R$ 70 mil. O detento chegou a dizer que, depois da fuga de Brittes, poderia fazer o resgate de Cristiana e Allan Brittes, esposa e filha de Edison, respectivamente, e que também estão detidas.
"Edison Brittes, hoje, é dono de uma mística no Departamento Penitenciário. Principalmente, de uma mística, de um mito de que ele tem dinheiro. O próprio apelido que deram a ele de Juninho Riqueza atrai esse tipo de situação. Esses bilhetes não foram lidos por ele, muito menos respondidos", ponderou o advogado.
A motivação do crime confessado por Edison Brittes contra a vida de Daniel teria sido porque ele encontrou o atleta deitado ao lado de sua esposa, no quarto do casal. Antes de ser agredido e morto, o próprio jogador mandou fotos para um amigo em que ele realmente aparecia deitado junto com Cristiana Brittes.
Edison, então, com a ajuda de outras pessoas, espancou o jogador e o levou para uma rua deserta, onde ali ele o decepou e o matou. Antes, Daniel havia participado da festa de 18 anos da filha de Edison, Allana Brittes.
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No total, sete pessoas são acusadas de envolvimento pela morte do jogador - seis estão presas (Edison Brittes, Cristiana Brittes, Allana Brittes, Eduardo da Silva, Ygor King e David William da Silva). Já Evellyn Brisola Perusso responde no caso Daniel em liberdade.