
Ao tentar se defender da acusação de estupro , Neymar cometeu um crime: divulgou na internet fotos íntimas da mulher que o acusou. Essa atitude do jogador brasileiro já está sendo investigada pela polícia de crimes virtuais, mas o pai do atleta não vê problema nisso.
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Em entrevista à TV Bandeirantes, Neymar pai deu uma declaração polêmica, afirmando que prefere um crime de internet a um crime de estupro.
"Essa acusação de estupro não afeta só a instituição, afeta a família, pai, mãe. Estamos muito abalados. É muito difícil você saber que isso não é verdade e enfrentar essa situação", disse o pai do camisa 10 do PSG e da seleção brasileira.
"Neymar precisava se defender rapidamente. A gente não tinha uma escolha. Prefiro um crime de internet do que um crime de estupro", completou.
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O artigo 218-C do Código Penal brasileiro prevê de um a cinco anos de prisão por "oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vencer ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio (...), fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha (...), sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia".
Neymar já está sendo investigado pela DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática), no Rio de Janeiro. O inquérito foi aberto nesta segunda-feira e Neymar deve ser chamado para depor e ter seu celular periciado.
"Divulgar as imagens da mulher nua é crime , com punição de um a cinco anos de prisão", disse o advogado criminalista Eugenio Pacelli em conversa com o iG. "Claro que o jogador vai dizer que fez isso em tentativa de se defender, para demonstrar que tudo o que houve entre eles era consentido, mas esse essa exposição é uma infração", garantiu.
O pai de Neymar disse ainda que o vídeo não foi tirado do ar intencionalmente, mas derrubado pela própria rede social - que, no caso, é o Instagram.
"Quando o Neymar saiu do Santos, fomos acusados de sonegação fiscal, disseram que minha família ia ser presa. Foi transitado e julgado, fui absolvido, e até hoje levamos o nome de sonegadores. Por isso a decisão nossa naquele momento era que o Neymar se expusesse. Preservamos a imagem da menina e o nome. Era uma defesa que ele tinha naquele momento", justificou.