Depois de confirmar que o Campeonato Mundial de Surfe de 2019 será o primeiro da história com premiações iguais para homens e mulheres, mais uma novidade foi anunciada para este
ano no formato de competição das etapas que decidem os títulos mundiais.

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Gabriel Medina foi bicampeão mundial de surfe em 2018 e tentará o tri em temporada marcada por mudanças
WSL/Cestari
Gabriel Medina foi bicampeão mundial de surfe em 2018 e tentará o tri em temporada marcada por mudanças

Elas continuarão sendo disputadas por 36 surfistas na categoria masculina, 18 na feminina e voltarão a ter a fase das oitavas de final com confrontos diretos entre dois atletas.
Além disso, os resultados deste ano no Mundial de surfe também serão classificatórios para as Olimpíadas de Tóquio.

O novo formato será inaugurado já na etapa de abertura da temporada 2019, o Quiksilver Pro e o Boost Mobile Pro na Gold Coast, que começa no dia 3 de abril na Austrália. As
principais mudanças foram nas primeiras fases dos eventos.

A quarta rodada masculina e a terceira feminina passarão a ter oito baterias, ou seja, é o retorno das oitavas de final para as duas categorias no Campeonato Mundial.

“Buscando sempre continuar evoluindo e melhorando todas as áreas do esporte, fizemos importantes atualizações no formato de competição das etapas do Championship Tour”, disse a CEO da Liga Mundial de Surfe, Sophie Goldschmidt.

“Nosso objetivo é elevar ainda mais os níveis de desempenho e mentais dos atletas, ao mesmo tempo visando um maior envolvimento dos fãs. Acreditamos que os confrontos diretos do
Round 3 irão gerar uma maior competitividade nos eventos, tornando o formato mais atraente para os telespectadores e o público nas praias”, acrescentou.

As novas atualizações no formato são uma continuação das aplicadas no ano passado, quando foi eliminada a segunda repescagem dos eventos, ou a quinta fase masculina e a quarta
fase feminina. Agora, os confrontos diretos entre dois ou duas atletas, vão começar na terceira rodada, seguindo assim em um avanço mais linear até as finais.

Além disso, com mais baterias de dois competidores, seja no masculino ou no feminino, facilita utilizar o sistema “dual heat” com duas baterias acontecendo simultaneamente,
proporcionando assim que os eventos tenham mais flexibilidade para realizar a competição nas melhores ondas possíveis.

Novo formato masculino do Mundial de surfe

Filipe Toledo é um dos brasileiros que representam o Brasil no Mundial de surfe
Divulgação/WSL / Masurel
Filipe Toledo é um dos brasileiros que representam o Brasil no Mundial de surfe
  • PRIMEIRA FASE – continuará com doze baterias de três atletas cada. A diferença é que os dois primeiros colocados passarão a avançar direto para os confrontos homem a homem da terceira fase. Antes, era só o vencedor das baterias. Os que ficarem em último lugar, terão outra chance de classificação na segunda fase, ou repescagem.
  • SEGUNDA FASE – os doze surfistas que perderem em terceiro lugar na rodada inicial, serão divididos em quatro baterias com três atletas novamente. Antes, eram doze baterias homem a homem na repescagem. Assim como na primeira fase, os dois primeiros colocados avançam para o Round 3 e os quatro que ficarem em último terminarão em 33º lugar no evento.
  • TERCEIRA FASE – os 24 classificados na primeira fase e os 8 que passaram pela segunda, serão divididos em 16 baterias homem a homem. Antes, eram 12 baterias com 24 surfistas nesta terceira rodada, agora serão 32 em 16 baterias. Os vencedores avançam para a quarta fase, ou oitavas de final, enquanto os perdedores são eliminados em 17.o lugar no  evento.
  • QUARTA FASE – os 16 classificados na terceira fase se enfrentam nas oito baterias da quarta fase, ou oitavas de final. Os vencedores avançam para as quartas de final, com a competição prosseguindo depois com as semifinais e grande final como era antigamente. Os que perderem nesta quarta fase ficam empatados em nono lugar no evento.

Novo formato feminino do Mundial de surfe

Silvana Lima em ação nas ondas de Bells Beach durante a temporada 2018
WSL / Kelly Cestari
Silvana Lima em ação nas ondas de Bells Beach durante a temporada 2018
  • PRIMEIRA FASE – continuará com seis baterias de três atletas cada. A diferença é que as duas primeiras colocadas passarão a avançar direto para a terceira fase, que na categoria feminina, já serão as oitavas de final. Antes, era só a vencedora das baterias. As que ficarem em último lugar, terão outra chance de classificação na segunda fase, ou repescagem.
  • SEGUNDA FASE – as seis surfistas que perderem em terceiro lugar na rodada inicial, serão divididas em duas baterias com três atletas em cada novamente. Antes, essa repescagem tinha seis baterias com duas surfistas. Assim como na primeira fase, as duas melhores em cada avançam para o Round 3 e as duas últimas colocadas terminarão em 17º lugar no evento.
  • TERCEIRA FASE – as 12 classificadas na primeira fase e as 4 que passarem pela segunda, serão divididas em oito baterias na terceira fase, que para as meninas já será oitavas de final. Antes, eram 4 baterias de 3 atletas nesta terceira rodada. As vencedoras avançam para as quartas de final, enquanto as perdedoras são eliminadas em nono lugar no evento.

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Classificação para as Olimpíadas 2020 com CT

Bicampeão mundial de surfe, Gabriel Medina tem tudo para ser um dos representantes brasileiros nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020
WSL/Cestari
Bicampeão mundial de surfe, Gabriel Medina tem tudo para ser um dos representantes brasileiros nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020

O Campeonato Mundial de Surfe de 2019 será o principal caminho para os melhores surfistas do mundo conseguirem se classificar para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

O ranking mundial no final da temporada determinará 18 das 40 vagas para as Olimpíadas, dez homens e oito mulheres. Os outros 22 serão selecionados em dois eventos organizados
pela International Surfing Association (ISA), os Jogos Pan-Americanos de 2019 em Lima no Peru e o ISA Surfing Games de 2020.

As dezoito vagas do WSL CT têm uma condição a ser cumprida, de que um país não poderá classificar mais de dois atletas por gênero, masculino e feminino. Isso significa que, por
exemplo, se a Austrália qualificar três atletas, apenas dois poderão ir para as Olimpíadas e a outra vaga ficará para o próximo surfista de um país diferente mais bem colocado.

Após o encerramento da temporada no Havaí, o ranking mundial da Liga Mundial de Surfe apontará os 18 primeiros classificados para representar seus países na estreia do surfe
valendo medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Todos os atletas terão que atender aos requisitos de elegibilidade da ISA e do COI (Comitê Olímpico Internacional), além dos seus respectivos Comitês Olímpicos Nacionais.

Prêmios iguais para homens e mulheres 

Em setembro do ano passado, a Liga Mundial de Surfe anunciou a igualdade na premiação dos homens e mulheres nos eventos organizadores diretamente pela Liga, como o Campeonato
Mundial e outros que decidem os títulos mundiais, tornando-se a primeira liga esportiva global sediada nos Estados Unidos a fazer isso.

É uma iniciativa que vinha sendo tratado como meta de longo prazo, que ganhou vida depois que nova organização da WSL assumiu em 2013. A igualdade na premiação foi inaugurada no
Jaws Challenge 2018/2019, que aconteceu em novembro passado no Havaí, também já sendo implantada na primeira etapa do Circuito Mundial de Longboard, o Noosa Longboard Open na
Austrállia, onde a brasileira Chloé Calmon foi campeã recebendo o mesmo valor do vencedor da categoria masculina.

Agora, o Boost Mobile Pro na Gold Coast será a primeira etapa feminina do World Surf League Championship Tour 2019, com as mulheres recebendo a mesma premiação oferecida para os
homens no Quiksilver Pro.

A igualdade está confirmada em todas as etapas do CT este ano e dos próximos também. A etapa de abertura da temporada 2019 vai acontecer entre os dias 3 e 13 de abril na
Austrália e na Gold Coast também será lançado um programa global de compromisso para as meninas, o “Rising Tides – WSL Girls Program”, que oferecerá clínicas de surfe em cada
parada do CT feminino, uma iniciativa para inspirar as próximos gerações a surfar e competir no Circuito Mundial.

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Em 2019, também terá a continuação do programa “Pioneers”, que celebra as lendas do surfe feminino com uma campanha de marketing internacional para destacar as competidoras,
visando aumentar a audiência dos eventos e o engajamento de fãs. Uma série de outras ativações para fortalecer a modalidade feminina serão anunciadas nos próximos meses.

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