A polícia italiana prendeu nesta quarta-feira (6) dois homens que confessaram ter atirado no nadador Manuel Bortuzzo, de 19 anos, que perdeu a mobilidade das pernas após ter sido baleado na madrugada de domingo, em Roma.
De acordo com o relato da polícia , Bortuzzo estava com a namorada e alguns amigos na porta de um bar no distrito de Axa e não puderam entrar porque minutos antes houve uma confusão no local.
Quando o grupo se dirigia ao carro, uma dupla em uma motocicleta passou atirando contra o nadador e uma das balas atingiu a vértebra do atleta. Bortuzzo foi levado ao hospital San Camillo Forlanini, onde passou por uma cirurgia para conter a hemorragia causada pelo ferimento.
De acordo com a polícia local, os dois homens detidos nessa semana tem 24 e 25 anos de idade, e eles atiraram no jovem atleta por engano.
A partir de agora, as autoridades estão tentando encontrar a moto de onde os tiros foram disparados. A arma utilizada no crime, um revólver calibre 38, foi encontrada ontem.
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De acordo com o pai de Manuel Bortuzzo , Franco, o nadador "não chorou" quando descobriu que ficaria paraplégico. Além disso, revelou que seu filho "prometeu" que voltaria a "viver como uma pessoa normal".
Paolo Barelli, presidente da Federação Italiana de Natação (Federnuoto), em entrevista à ANSA, disse que logo ao acordar do coma, Bortuzzo disse para sua mãe "ser corajosa" e que "agora começará outro treinamento" para ele.
Natural da cidade de Trieste, no norte da Itália, Bortuzzo estava em Roma para treinar e tentar integrar a equipe de natação da seleção italiana. O nadador era tido como uma das grandes promessas do esporte no país.
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A rápida resposta da polícia vem após o caso ter comovido o país e até o ex-nadador Filippo Magnini, bicampeão mundial de 100m livre, publicou mensagem de apoio ao jovem atleta.