A pandemia provocada pela Covid-19 trouxe um cenário repleto de incertezas e dificuldades para diversas famílias, que viram suas fontes de renda totalmente comprometidas por conta das medidas de restrição, toques de recolher, ou como vem sendo citado de forma constante desde o início da crise sanitária, o “Lockdown”.
Visando ajudar as pessoas mais necessitadas, o lutador Claudio Hannibal
resolveu agir. Atleta do UFC
, o faixa-preta de Jiu-Jitsu, após mais de 10 anos morando em Londres, na Inglaterra, voltou a morar no Brasil e vem treinando no Rio de Janeiro, onde, ao se deparar com a difícil rotina dos moradores de comunidades cariocas, resolveu criar uma campanha através das redes sociais, que visa arrecadar dinheiro para doação de cestas básicas. Em entrevista à TATAME, Hannibal falou mais sobre a ação social.
"Já consegui arrecadar praticamente 5 mil reais, mas espero conseguir doações suficientes para comprar 600 cestas básicas, que vão ajudar duas comunidades. Essa ação social foi uma ideia que eu tive, porque eu sempre ando pelas ruas do Rio e vejo crianças, homens e mulheres, senhoras e senhores, sempre procurando comida. Estou vendo como as coisas estão difíceis para essas famílias durante a pandemia. Isso tocou meu coração e é muito triste ver o nosso país, nosso povo, nossas crianças dessa forma - lamentou o lutador.
Inicialmente, Claudio espera reunir cerca de R$ 7 mil para ajudar famílias carentes de duas comunidades do Rio de Janeiro: Iguaçu Velho (bairro de Nova Iguaçu, localizado entre os bairros de Vila de Cava e Tinguá), e Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias. Entre 1976 e 2012, funcionou no bairro o maior lixão da América Latina. O atleta aproveitou para pedir um apoio maior da comunidade da luta, visando, futuramente, ajudar mais pessoas.
"As doações serão no Jardim Gramacho, onde tinha um antigo lixão e as famílias tiravam sustento desse lixão, mas como esse aterro sanitário não existe mais, eles não tem mais emprego, praticamente, então estou tentando ajudá-los. Também estou ajudando um pessoal na comunidade de Iguaçu Velho, onde um parceiro de treino meu tem um projeto social. Vou ajudar, nesse momento, essas duas comunidades, mas se eu conseguisse uma ajuda ainda maior de toda a comunidade da luta, a gente poderia se unir e levantar muito mais dinheiro para comprar mais cestas básicas para todas as comunidades. A gente luta no maior evento de MMA do mundo e nós devemos usar nossas redes sociais de uma forma em que podemos ajudar os mais necessitados. Como estrelas do esporte, temos o dever de ajudar", destacou Hannibal.
Com uma carreira vitoriosa no MMA
e também no Jiu-Jitsu, Claudio Hannibal
afirmou que amigos de outros países estão contribuindo com a ação. Além disso, dois de seus patrocinadores, as empresas “California Canna” e “Happy Vaper Café”, voltadas para o mercado de Cannabis
, também vêm sendo grandes incentivadoras da campanha.
"Todos estão ajudando, não só os brasileiros, mas como o pessoal da Inglaterra, Portugal, Canadá, Kwait, pessoas que me conhecem, onde já pude dar seminários e que tem meu contato. Todo mundo está ajudando e é impressionante como o pessoal está sendo solidário, entrando em contato, doando, repostando meus vídeos nas redes sociais para atingir mais pessoas. Estou muito feliz com esse movimento. As empresas de Cannabis
também estão me ajudando. São duas que me patrocinam e aproveito para agradecer muito o apoio deles. Todo mundo está se mobilizando. Graças a Deus, tenho muitos contatos e sempre abraçam minha causa. Ano passado, eu doei alguns quimonos e estão sempre me ajudando. Meus amigos também ajudam muito e estão sempre apoiando minhas causas", disse o casca-grossa, que por fim, pediu para que as doações continuem.
"O recado que tenho é que sigam ajudando. Visitem minhas redes sociais, compartilhem meus vídeos, em português e em inglês, onde falo sobre a campanha. Quem quiser doar, entre em contato comigo através do Instagram. Não importa o valor da doação, o que eu quero é a união para poder melhorar a vida dessas pessoas necessitadas nesse momento tão difícil de pandemia, uma época em que as pessoas estão perdendo empregos e precisam cada vez mais de ajuda", encerrou.