O líder da Coreia do Norte , Kim Jong-un, está comprometido em fazer seu país participar dos Jogos Olímpicos de 2020 e 2022, anunciou neste sábado (31) o Comitê Olímpico Internacional (COI).

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Kim Jong Un na  Coreia do Norte
Reprodução
Kim Jong Un na Coreia do Norte

De acordo com a agência de notícias da Coreia do Norte "Korean Central News", a declaração foi dada pelo presidente da entidade, Thomas Bach, após ele participar de uma reunião com Kim em Pyongyang.

"Anunciaram que participarão dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim -2022, assim como em todas as edições dos Jogos Olímpicos da Juventude", declarou.

Bach ainda revelou que o COI quer propor um "potencial desfile conjunto" das delegações das duas Coreias na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio, além de outras atividades.

Para o presidente olímpico, a conversa com Kim foi "informal e frutífera". Kim, por sua vez, expressou sua gratidão ao COI pelas "medidas especiais" que permitiram aos atletas da Coreia do Norte competir nos Jogos de Pyeongchang.Além disso, o ditador pediu "mais colaboração" ao Comitê. Desde os Jogos Olímpicos de Inverno, na Coreia do Sul, o governo de Kim Jong-un tem se mostrado mais aberto para uma aproximação com outras nações.

Nesta semana, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, confirmou um encontro diplomático com Kim no dia 27 de abril, seguido de uma reunião histórica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump".

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Participação nas Olimpíadas de 2018

 Jogos de Inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul
Divulgação
Jogos de Inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul

A Coreia do Norte encerrou sua 9ª participação nas Olimpíadas de Inverno na Coreia do Sul, sem nenhuma medalha . Jong Kwang-bom, patinador de velocidade em pista curta, foi o último competidor dos 22 atletas enviados a Pyongyang.

Dentre eles, estavam 12 jogadoras de hóquei que formaram uma seleção única, uma junção das atletas da Coreia do Norte com as do Sul. Apesar de sair sem premiações, o evento foi fundamental para a retomada de relações entre as Coreias, que não competiam juntas há 12 anos.

Durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, os países entraram com a bandeira unificada.

Os jogos também foram marcados por gestos simbólicos, como o aperto de mão entre Kim Yo Jong, irmã do ditador Kim Jong-Un e primeira da dinastia governante do Norte a visitar o país, e Moon Jae-In.

Os atletas

Pela primeira vez na história das Olimpíadas, os dois países formaram uma única equipe no hóquei feminino, que teve 12 jogadoras do Norte e 11 do Sul. A técnica Sarah Murray, da seleção sul-coreana, teve de escalar obrigatoriamente ao menos três atletas de Pyongyang por partida.

Na patinação artística, o Comitê Olímpico Internacional (COI) abriu uma vaga para a dupla Ryom Tae-ok e Kim Ju-sik, enquanto Jong Kwang-bom (1.500m masculino) e Choe Un-song (500m masculino) representaram o Norte na patinação de velocidade. Os outros seis norte-coreanos disputaram as provas de esqui.

Para o cross-country (esqui de fundo), o país levou Han Chun-gyong e Pak Il-chol (15 km), entre os homens, e Ri Yong-gum (10 km), entre as mulheres. No esqui alpino, estavam presentes Choe Myong-gwang e Kang Song-il, no masculino, e Kim Ryon-hyang, no feminino. Ao todo, foram 15 mulheres e sete homens da Coreia do Norte competindo nos Jogos.

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Durante os Jogos de Inverno, participam 2,9 mil atletas disputando 102 títulos. Pelo ranking, o país que se encontra com maior número de medalhas é a Noruega, seguida pela Alemanha e Canadá. Desde sua primeira participação nos Jogos de Inverno e de Verão, em 1964, a Coreia do Norte conquistou 54 medalhas, sendo o halterofilismo a maior contribuição, com 17 medalhas.

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