A dieta vegana parece ter encontrado terreno fértil entre os esportistas pelo mundo. Homens, mulheres e até um time inteiro assumiram a filosofia da dieta em respeito aos direitos animais e em prol de uma refeição mais saudável.
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Recentemente, o jornal online britânico The Independent trouxe histórias de atletas adeptos a dieta vegana como Chloe Arthur, meio campista do time feminino do Birmingham City e da seleção da Escócia.
“Eu sinto que está se tornando uma tendência, ou uma moda, ou o que quer que você queira chamar de ser vegano agora. Nos últimos seis meses, tornou-se mais fácil mudar sua dieta. Por que abater animais quando você pode obter todas as refeições nutritivas sem ter que fazer isso?”, comentou Chloe ao The Independent .
Na dieta de Chloe o café da manhã conta com mingau, torrada com manteiga de amendoim ou abacate. Para dias de exercício pesado um pouco de arroz com tofu ou macarrão, sopa e lentilhas no almoço e no jantar, fajitas, caril ou grão de bico.
Para quem não conhece a dieta vegana a maior dúvida (e o maior preconceito) é se ela afeta o rendimento do atleta por fraqueza muscular ou deficiência de proteínas e a resposta é ‘de forma alguma’.
Os atletas que são adeptos da dieta afirmam que a recuperação física é muito mais rápida e, por algumas vezes, a fadiga durante o exercício é menor. “Eu me sinto melhor em mim mesmo e me recupero melhor como atleta”, afirmou Chloe.
A fala da atleta do Birmingham ganha apoio de outro conhecido do futebol inglês. Chris Smalling, zagueiro do Manchester United, afirmou que desde que optou pelo veganismo não sente mais sua tendinite.
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Assim como o astro do Barcelona, Lionel Messi , que desde 2017 não come mais carne para evitar lesões. Fabian Delph e Sergio Aguero, ambos do Manchester City, além da tenista Serena Williams são outros nomes do esporte que seguem a mesma linha.
Mas qual o motivo de alguns atletas relatarem a diminuição de dores e recuperação de lesões mais rápida com a dieta vegana? A nutricionista Daniela Garcia explica. “A dieta vegana em si por ser uma dieta rica em legumes, verduras, frutas e grãos torna-se rica em antioxidantes que ajudam na desinflamação do organismo, o que nos promove menores riscos em ter uma lesão”.
E quando um time assume a dieta vegana?
O revolucionário Forest Green Rovers , uma equipe da quarta divisão do Campeonato Inglês, é referência mundial em sustentabilidade no esporte e desde 2017 é reconhecidamente o único clube do mundo a ser vegano.
O clube atribui ao ‘enorme impacto ambiental e de bem-estar animal da pecuária, além de melhorar o desempenho dos jogadores e dar aos fãs alimentos mais saudáveis e saborosos’ o motivo para adotarem a dieta.
E é isso mesmo que você acabou de ler, a dieta vegana é estendida para os torcedores em dia de jogo. No menu do estádio The New Lawn tem pizzas veganas, fajitas, saladas e batata-doce frita.
A iniciativa de alimentação saudável rendeu ao clube o prêmio de Menu do Ano da Revista Sport and Leisure Catering e uma homenagem no British Pie Awards.
Além da alimentação, o Forest Green Rovers possui coleta de água da chuva no gramado, possui pontos de carregamento para veículos elétricos em torno de seu estádio, não usa herbicidas e pesticidas na grama e todo o clube é abastecido com 100% de energia verde gerada por painéis solares.
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Será que a dieta vegana é o futuro no meio esportivo?