A Federação Italiana de Futebol (Figc) aprovou nesta quarta-feira (30) uma modificação do procedimento de suspensão temporária de jogos na Itália no caso de racismo contra atletas. A entidade que rege o futebol italiano reduziu de três para dois o número de chamadas necessárias para a partida ser paralisada.

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Kalidou Koulibaly foi alvo de racismo durante partida do Campeonato Italiano em dezembro de 2018
Divulgação/Ansa
Kalidou Koulibaly foi alvo de racismo durante partida do Campeonato Italiano em dezembro de 2018

No caso de cantos racistas, na primeira chamada, as equipes serão reunidas pelo árbitro no centro de campo. Já na segunda vez que houver racismo por parte de torcedores, os jogadores retornarão de forma temporária ao vestiário.

Segundo a Figc, a autoridade que terá o poder de suspender em definitivo os jogos será a pessoa responsável pela ordem pública do estádio.

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A mudança ocorre depois que o zagueiro senegalês Kalidou Koulibaly , do Napoli , sofreu ofensas racistas no San Siro durante a derrota de sua equipe contra a Inter de Milão, em dezembro.

Logo após o incidente com Koulibaly, a Inter lançou uma campanha antirracismo com um vídeo na qual jogadores pedem que a torcida não faça o barulho "buu", conhecido como uma ofensa.

"Vamos fazer a escala Richter do 'buu'? Não nos façam rir", disse o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, que é torcedor fanático do Milan e que sempre tem opiniões polêmicas sobre diversos assuntos, como chamar o atacante Higuaín de "mercenário".

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Além das mudanças para tentar combater o racismo no futebol italiano, a Figc também nomeou o ex-jogador Demetrio Albertini como novo chefe do setor técnico da entidade, substituindo o também ex-atleta e ídolo do Milan Gianni Rivera.

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