A revista alemã Der Spiegel revelou em novembro do ano passado, por meio de documentos do Football Leaks , que a Uefa encobriu por anos um doping financeiro do Manchester City , descumprindo as regras de fair play financeiro da entidade, e este fato pode custar caro ao clube.
Por ter informado à Uefa o recebimento de 59,5 milhões de libras (R$ 282,3 milhões) de sua patrocinadora, a empresa aérea Etihad, em 2015, quando na verdade o dinheiro veio do grupo Abu Dhabi United Group, dono do clube, o Manchester City pode ser banido da Liga dos Campeões .
"Se tudo o que está escrito [nos e-mails] for verdadeiro, então há um problema muito sério. Isso pode levar à máxima punição: exclusão das competições da Uefa", afirmou Yves Leterme, presidente do CFCB, corpo independente da Uefa que controla o fluxo de caixa das equipes.
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A entidade que comanda o futebol europeu é muito exigente com os clubes filiados e pede que eles apresentem a verdadeira origem de seus recursos financeiros. "Se todas as informações [da revista Der Spiegel] estiverem corretas, isso quer dizer que não houve sinceridade [do City] ao reportar a origem dos recursos", acrescentou Leterne.
Procurada pela reportagem do jornal inglês Daily Mail , a diretoria do clube respondeu, através de sua assessoria: “Não comentaremos sobre materiais fora de contexto roubados do City Football Group ou de funcionários do Manchester City. A tentativa de danificar a imagem do clube é organizada e clara.”
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Esta não seria a primeira vez que o Manchester City seria punido por quebrar as regras do fair play financeiro. Em 2015, o clube atual campeão inglês foi multado em 49 milhões de libras (R$ 232 milhões). Na atual edição da Liga dos Campeões, os Citizens estão classificados para as oitavas de final, onde irão enfrentar o Schalke 04, da Alemanha.