O presidente da Fifa, Gianni Infantino , envolvido em acusações do "Football Leaks", que revelou curiosidades e contratos do mercado da bola, se defendeu nesta quarta-feira (7) dizendo que não fez "nada de ilegal ou contrário" ao código de ética das entidades.
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Durante coletiva de imprensa na sede da Fifa, em Zurique, o presidente da Fifa ressaltou que já tinha conhecimento de que não teria facilidades para alterar as coisas em um "ambiente viciado". "O fato de se ter um filho de imigrantes italianos na presidência da Fifa parece não agradar a todo mundo", disse.
Segundo o sucessor de Sepp Blatter, todas as acusações contra ele são "inexatas". "O regulamento do fair-play financeiro prevê a possibilidade de negociações e de acordos com os clubes. E quem está encarregado de negociar e conversar? A administração", isto é, o próprio Infantino.
De acordo com a denúncia, a Uefa e seus dois mandatários na época, o francês Michel Platini e Infantino, teriam "com conhecimento de causa ajudado os clubes PSG e Manchester City a esconder suas próprias irregularidades por motivos políticos".
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"Sempre agi de forma transparente. Nosso objetivo era ajudar os clubes, não destruí-los", explicou. A declaração de Infantino é dada oito meses antes da eleição para presidente da Fifa, quando o cartola tentará a reeleição.
"Eu estou muito satisfeito com o que conseguimos fazer. Eu quero ser reeleito se as pessoas acharem que fiz um bom trabalho, não porque eu fechei acordos com esse ou com aquele", concluiu.
Durante a coletiva, Infantino ainda minimizou a possibilidade de a Copa do Mundo do Qatar-2022 ter 48 participantes ao invés de 32. Segundo ele, esta decisão é "um desafio difícil".
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"Não mudei de opinião. Acho que aumentar para 48 o número de equipes na Copa do Mundo é algo bom para o futebol. Por isso fizemos para o Mundial de 2026", explicou o presidente da Fifa .