O presidente da Fifa, Gianni Infantino, pediu nesta quarta-feira "ações concretas para parar a violência e o racismo" após o episódio ocorrido no jogo entre Inter de Milão e Napoli, no último dia 26, em que torcedores entoaram cânticos racistas contra o zagueiro senegalês do Napoli, Kalidou Koulibaly, que é negro.

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Gianni Infantino, presidente da Fifa, pediu mais rigor contra casos de racismo no futebol
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Gianni Infantino, presidente da Fifa, pediu mais rigor contra casos de racismo no futebol

Infantino afirmou que sentiu "tristeza e indignação" após ouvir as manifestações contra o atleta. "Os dirigentes devem 'esfriar a cabeça', porque as ofensas que produzem o racismo e a violência às vezes se devem ao tom inapropriado dos diretores", disse o presidente da Fifa na entrega de um prêmio em Dubai.

Vale ressaltar que na última semana o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, minimizou os episódios de racismo . Ele comparou as ofensas com vaias recebidas pelo zagueiro Bonucci, da Juventus, além de relacionar o caso com "brincadeira saudável entre torcidas".

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Na ocasião, torcedores interistas gritaram ofensas racistas contra o franco-senegalês Kalidou Koulibaly , principal zagueiro do clube azzurro, e entoaram cânticos discriminatórios contra os napolitanos, incluindo uma música pedindo para o vulcão Vesúvio "lavá-los com fogo".

Na partida do último sábado (29) entre Napoli e Bologna, a torcida homenageou o o zagueiro utilizando máscaras com seu rosto, além de exibir cartazes escritos: "Somos todos Koulibaly."

Gianni infantino , mandatário da entidade máxima do futebol, também comentou a morte do torcedor da Inter, Daniele Belardinelli, que foi atropelado após uma confusão nos arredores do estádio.

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"É inadmissível que em 2018 ainda se morra por causa de futebol. As leis têm de ser mudadas, nós precisamos de outras mais duras. Nós temos que identificar as pessoas violentas e tirá-las do futebol. Temos de isolá-las", declarou o presidente da Fifa .


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