Juventus e Milan estão sendo pressionados a mudar a sede da próxima edição da Supercopa da Itália, que será disputada em janeiro de 2019, na Arábia Saudita, por causa do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, na embaixada saudita na Turquia.
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Diversas ONGs de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional, divulgaram nesta sexta-feira um apelo pedindo para os dois clubes disputarem a decisão da Supercopa da Itália em outro lugar e acusando Riad de tentar "refazer sua imagem" por meio do esporte.
As entidades também pedem que os tenistas Novak Djokovic e Rafael Nadal cancelem exibições previstas para a Arábia Saudita. O ex-ministro do Esporte da Itália Luca Lotti se juntou ao apelo e cobrou que a decisão de jogar a Supercopa no país árabe seja "bloqueada".
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"A terrificante notícia da morte horrenda do jornalista Khashoggi nos deixa atônitos. A comunidade civil internacional deve fazer sua voz ser ouvida em todos os níveis, e acredito que o esporte italiano não deva ficar atrás", disse.
Khashoggi, dissidente do regime saudita, foi assassinado no último dia 2 de outubro, após visitar o consulado de seu país em Istambul, na Turquia, para retirar documentos de divórcio.
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A Supercopa Italiana reúne os atuais campeões da Série A e da Copa da Itália. Como a Juventus ganhou os dois torneios na temporada passada, o outro finalista será o Milan, vice na Copa da Itália. O torneio é organizado pela Federação italiana de Futebol (Figc).
Disputada desde 1998, a competição tem como maiores campeões a Juventus e o Milan, com sete títulos cada. Inter, Lazio (última campeã), Roma, Napoli, Parma, Sampdoria e Fiorentina também já levantaram o troféu. Torino e Vicenza são outras equipes que figuraram em finais da Supercopa da Itália , mas foram derrotados.