
A Uefa (União das Federações Europeias de Futebol, em tradução livre) anunciou nesta terça-feira uma denúncia disciplinar contra a seleção da Romênia após os torcedores entoarem cantos racistas no jogo contra a Sérvia, pela Liga das Nações.
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Segundo a página oficial da entidade, “procedimentos disciplinares foram abertos” depois do empate de 0 a 0 entre as seleções no último dia 14 de outubro, na Romênia. Os encargos contra a equipe romena incluem uso de fogos de artifício (proibido segundo o artigo 16 do Regulamento de Disciplina da Uefa), cantos racista e banners de mesmo teor, além de invasão de campo por torcedores.
O caso será encaminhado para o Comitê de Controle, Ética e Disciplina da Uefa. A reunião para definir possíveis sanções ou multas à seleção romena está marcada para o próximo dia 25 de outubro.
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De acordo com informações da mídia internacional, os cantos ouvidos na Arena Nationalã se direcionaram aos vizinhos da Sérvia , os húngaros. Em cantos e cartazes os torcedores associaram refugiados a terroristas e algumas músicas apoiavam a reivindicação de domínio territorial da Sérvia sobre o Kosovo, uma guerra que já matou muitas pessoas.

Sanções por cânticos racistas não é algo novo na UEFA. Em 2013 a Uefa definiu novas regras para o combate ao racismo no futebol. Jogadores ou árbitros que fossem acusados teriam uma pena de, no mínimo, 10 jogos de suspensão.
Na época a frente da entidade o hoje presidente da Fifa, Gianni Infantino comentou que os cantos racistas vindos das arquibancadas seriam punidos com fechamentos parciais em vez de multas. A persistência do ato levaria a medida de estádios fechados e multas de 50 mil euros (cerca de R$ 216 mil).
Recentemente, em 20 de setembro, a entidade puniu o FC Spartak Trnava com um jogo de portas fechadas e uma multa de 60 mil euros (cerca de R$ 259 mil na cotação atual) após os torcedores entoarem cantos racistas em um jogo da Europa League, contra o RSC Anderlecht.
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No mês de outubro a Uefa tem apoiado a campanha #EqualGame em todos os jogos nos quais organiza. O projeto promove a inclusão (étnica, de gênero, idade ou orientação sexual), diversidade e acessibilidade no futebol. Essa campanha é uma evolução do programa anterior chamado Uefa Respect, criada para combater os cantos racistas nos jogos.