A Portuguesa vive uma crise sem precedentes dentro de campo, no âmbito político e, agora, nas suas glórias do passado. Nesta segunda-feira, a 8ª Vara da Justiça do Trabalho de São Paulo apreendeu cinco troféus do clube por conta de uma dívida trabalhista de R$ 105 mil.
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O jogador que processou a Portuguesa foi Francisco Teocharis Papaiordanou Filho, conhecido como Fran, meia-atacante de 26 anos de idade que atuou na Lusa entre junho de 2014 e fevereiro de 2015.
Fran fez apenas uma partida pelo time, contra o Luverdense, e ficou a maior parte do tempo do departamento médico por conta das lesões que atrapalharam sua sequência no Canindé. O presidente na época era Ilídio Lico, que renunciou ao cargo em março de 2015.
No total, cinco taças foram apreendidas para penhora. Entre elas está a da conquista do Campeonato Brasileiro da Série B de 2011, na campanha história da equipe que foi chamada de "Barcelusa".
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Em entrevista à Folha de S. Paulo, a advogada Tatiana Morgado, responsável pelo departamento jurídico da Portuguesa, confirmou a ação judicial e afirmou que o clube irá pedir a restituição das taças.
"Não há valor econômico, mas sentimental para clube e torcida, e por este motivo entendemos por descabida a decisão. Vamos tomar as medidas cabíveis para proteger e reaver a memória portuguesa", disse.
A Lusa tem dívidas que ultrapassam a casa dos R$ 300 milhões e atualmete paga acordo trabalhista a cinco ex-jogadores para evitar que o estádio do Canindé seja leiolado.
Tradicional equipe da capital paulista, a última aparição da Lusa na elite do Brasileirão foi em 2013, quando acabou sendo rebaixada à Série B após escalar o atacante Hérverton de maneira irregular - o STJD julgou o caso e decidiu pelo descenso rubro-verde.
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A Portuguesa jogou a Série D em 2017 e, em 2018, não participou de nenhuma divisão do Campeonato Brasileiro, a exemplo do que acontece agora em 2019. Aliás, neste ano, a equipe está na lanterna da Série A2 do Campeonato Paulista, bem perto de ser rebaixada para Série A3 estadual de 2020.