O caso Daniel teve mais desdobramentos nessa terça-feira (27). De acordo com informações, o promotor João Milton Salles apresentou formalmente à Justiça denuncia contra sete pessoas pela morte do jogador Daniel, que aconteceu em outubro, na cidade de São José dos Pinhais, no Paraná.
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Exatamente um mês após o assassinato do jogador Daniel Corrêa, o processo de 370 páginas encerrado na semana passada inclui Edison Brites, autor confesso do crime, sua esposa Cristiana, a filha do casal Allana, Eduardo Henrique, Ygor King e David Willian Vollero da Silva – participantes do espancamento.
A novidade no caso é a inclusão de Evellyn Brisola Perusso, de 19 anos, que teria ficado com Daniel na noite do crime. O promotor definiu que a jovem responderá por denunciação caluniosa e fraude processual. Ela é a única dos sete envolvidos que não está presa.
“Houve uma tentativa de se imputar crimes a terceiros, que sabidamente não participaram. Foi uma tentativa de atrapalhar a investigação. Aí culminou no crime de falso testemunho”, disse o promotor ao Uol Esportes .
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Evellyn teria incluído Eduardo Purkote, de 18 anos, na cena do crime. Segundo a garota, o jovem teria pegado uma faca na cozinha e dado a Edison Brites, além de ter quebrado o celular de Daniel. Com as investigações da polícia, essa possibilidade foi descartada.
Em 18 de novembro, o advogado de defesa de Evellyn tinha comentado que a garota teria tentado chamar a ambulância para socorrer Daniel, mas Edison teria impedido . Na ocasião, Luis Roberto Zagonel disse que o depoimento prestado por Evellyn na delegacia convergia com os outros já informados.
O promotor explicou que Evellyn pode não ser presa, pois a pena aplicada para o crime de falso testemunho e fraude processual é relativamente baixa.
Todos os homens envolvidos no caso responderão por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, ocultação de cadáver e fraude processual. Allana Brites foi denunciada por fraude e coação de testemunhas.
Nesta segunda-feira, Cristiana Brittes foi denunciada também por homicídio qualificado pela morte de Daniel . Segundo o promotor João Nilton, o crime não teria acontecido da maneira que ocorreu sem a atuação determinante da esposa de Edison. No início, Cristiana responderia apenas por coação de testemunhas e fraude processual.