
O bilionário egípcio Naguib Sawiris é dono de uma das maiores fortunas do mundo, segundo a revista Forbes, e ainda consegue lucrar com Brasileirão. Mas como assim? De acordo com a Folhapress, o magnata africano é o principal investidor por trás da Riza Capital , empresa que coordena os investimentos para exploração dos direitos do Campeonato Brasileiro no exterior.
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Além de lucrar com Brasileirão , Sawiris ainda tem um patrimônio estimado em R$ 16 bilhões, sendo reconhecido no mundo todo por fazer negócios dentro da Coreia do Norte, considerado o país mais fechado do planeta.
Sawiris já foi apontado, inclusive, como um dos raros estrangeiros com "acesso sem precedentes às lideranças" da Coreia do Norte, de acordo com o The Wall Street Journal.
Segundo informações da FanFoot, fundo de investimentos dos EUA e detentora dos direitos do Brasileirão no exterior, a Riza Capital está ajudando a captar investidores brasileiros e estrangeiros na operação.
Os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro ficaram a cargo da FanFoot para fora do país a partir do último mês de setembro, quando a empresa comprou a BR Foot Mídia, que não participou da licitação da CBF, mas assina os contratos de R$ 550 milhões para transmissão do torneio.
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Marco Gonçalves, fundador e CEO da Riza Capital, confirmou à Folhapress a participação de Naguib Sawiris no no momento de criação da empresa, em 2017, quando o egípcio fez um grande aporte financeiro.
Documentos da Junta Comercial de São Paulo mostram que, no momento em que a CBF anunciou que a BR Foot Mídia havia chegado a um acordo com 18 clubes da Série A do Brasileiro para assinatura do contrato, a Riza aumentou seu capital social de R$ 1,7 milhão para R$ 26,7 milhões, com o valor aportado por Sawiris.
Essa não é a primeira vez que o egípcio mostra interesse no futebol. Em setembro de 2015, ele adquiriu os direitos de transmissão do Campeonato Egípcio. "As pessoas estão aborrecidas com os políticos, mas nunca estarão aborrecidas com o futebol", disse à imprensa local na ocasião.
Além de lucrar com Brasileirão

A proximidade do investidor com a Coreia do Norte começou em 2008, quando ele construiu a primeira rede de telefonia móvel no local, em parceria com a ditadura do país asiático. O bilionário se aproximou do ditador Kim Jong-il, que governou o país de 1994, após a morte do seu pai, Kim Il-sung, até 2011, quando morreu.
A morte do ditador não mudou a relação de Sawiris com a Coreia do Norte, mesmo após Kim Jong-un, filho de Kim Jong-il, virar o líder e não permitir que o egípcio repatriasse seus lucros.
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Na capital Pyongyang, Sawiris ainda investiu na construção de um hotel gigantesco em forma de pirâmide, colocou R$ 500 milhões em uma empresa de cimento e criou um banco para ajudar a transferir fundos para dentro e fora do país, fato que era impossível por conta das sanções impostas pela ONU.
Por conta disso, o egípcio que consegue lucrar com Brasileirão ainda ofereceu conselhos ao presidente americano Donald Trump sobre como se comportar no encontro com o ditador Kim Jong-un, em 2018. "Não o intimide e prometa prosperidade em troca de concessões nucleares", disse.