A Conmebol
anunciou na manhã desta terça-feira que o Santos foi considerado culpado por escalar o meio-campista Carlos Sánchez
no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores
, contra o Independiente
da Argentina. Sendo assim, o placar, que havia sido de 0 a 0
na última terça-feira, passa a ser de 3 a 0 para o time argentino.
Agora, o Santos precisará vencer por quatro gols de diferença para avançar - 3 a 0 leva a disputa para os pênaltis. O julgamento aconteceu na sede da entidade, em Luque, no Paraguai, durante toda a tarde desta segunda-feira.
“Determinar o resultado de 3 a 0 a favor do Independiente conforme o artigo 19 do Regulamento Disciplinário da Conmebol e confirmar a suspensão do jogador Carlos Sánchez de uma partida, a cumprir-se no próximo jogo da Libertadores 2018”, escreveu a entidade em nota.
A equipe da baixada entrou com recurso para "diminuir a punição" de Carlos Sanchez e saiu vitorioso. Portanto, o uruguaio está liberado para o jogo das 19h30.
Agora, o clube, por meio de seu jurídico, irá recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), com sede na Suíça. Esta apelação pode ser feita em até uma semana. Além disso, o recurso deve ser tentado na própria entidade sul-americana e também na Fifa.
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Entenda o 'caso Sánchez' e a punição ao Santos
Carlos Sánchez, em novembro de 2015, quando jogador do River Plate, foi expulso na partida de volta da semifinal da Copa Sul-Americana contra o Huracán após agreir um gandula. Por conta disso, ele pegou três jogos de suspensão.
Acontece que em 2016, a Conmebol reduziu pela metade todas as suas suspensões por conta da comemoração de seu centenário. Assim, o uruguaio precisaria cumprir uma partida em competições comandadas pela entidade.
Para o clube brasileiro, conforme informou a assessoria de imprensa, o jogador precisava cumprir apenas um jogo de suspensão e a anistia o deixaria livre para jogar as oitavas da Libertadores contra o Independiente.
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O Santos se baseou no sistema de registro de jogadores, o Comet, que não registrava nenhuma punição pendente contra Sánchez. O sistema, no entanto, foi colocado em prática há dois anos e não incluiu suspensões impostas antes disso. A defesa ainda citou o caso de Zuculini, do River Plate, que atuou de forma irregular em sete partidas da Libertadores, mas não foi punido pela mesma Conmebol, que admitiu o erro, porém sem sucesso.