A Concacaf não definiu um voto unitário a nenhum dos cinco candidatos à presidência da Fifa, em eleição que será realizada nesta sexta-feira, mas a entidade aprovou nesta quinta um pacote de reformas estatutárias para combater os casos de corrupção que envolveram vários dos seus membros recentemente.
Os 41 delegados da Concacaf, reunidos em seu congresso extraordinário, aprovaram de formar unânime as propostas, que incluem limitações de mandato, maior transparência financeira e a inclusão de membros independentes.
"Implementamos algumas reformas administrativas para proteger a organização de qualquer abuso governamental, tais como limites de mandato, independência em certas organizações funcionais como auditoria, finanças e competições, com um número de pessoas independentes para formar o comitê executivo", afirmou Jurgen Mainka, vice-secretário geral da organização, em entrevista à agência de notícias Associated Press.
O presidente da federação dos Estados Unidos, Sunil Gulati, classificou o momento da Concacaf como "positivo", depois que seus três últimos presidentes foram presos ou acusados em casos de corrupção. "Superamos uma crise e tínhamos que ter eleições limpas. Com esse estatuto teremos um procedimento para ter eleições livres e um novo líder", especificou Gulati.
Entretanto, os votos da Concacaf na eleição da Fifa seguem incertos, com o suíço Gianni Infatino e o xeque bareinita Salman Bin Ibrahim Al Khalifa sendo os favoritos destacados contra o príncipe Ali bin Al Hussein, da Jordânia, o francês Jerome Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale. A Concacaf optou por não definir uma orientação de voto. "Não há um bloco. Cada qual a seu livre arbítrio", afirmou Mainka.