A Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) rejeitou nesta quarta-feira o pedido de suspensão da eleição à presidência da Fifa realizado pelo príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, um dos candidatos ao cargo. O órgão entendeu que não havia a necessidade de adiar o pleito desta sexta-feira apesar da alegação do príncipe Ali de que o atual processo de votação abre espaço para fraudes.
O candidato jordaniano pediu à CAS que a eleição fosse adiada para que pudesse haver uma reforma no sistema de eleição. A principal alegação de Ali era de que as cabines nas quais ocorrerão a votação precisariam ser transparentes, para que se tivesse a certeza de que os eleitores não estariam tirando fotos de seus votos apesar da proibição da Fifa, como já aconteceu em outras ocasiões.
Segundo o jordaniano, alguns eleitores são pressionados a votar em determinados candidatos e tiram fotos de suas cédulas para comprovar a escolha. Os delegados da campanha do príncipe inclusive levaram as cabines transparentes de avião para Zurique, onde acontecerá a eleição na sexta-feira, mas o CAS considerou desnecessário o adiamento do pleito para instalar estas novas estruturas.
"Eu fiz tudo que pude, lamento que o sistema tenha nos decepcionado. Agora, é essencial que os eleitores cumpram com a proibição sobre o uso de telefones celular e de câmeras na cabine de votação", declarou o jordaniano ao informar a derrota nos tribunais.
O comitê que gerencia o processo eleitoral garante que não existe a necessidade de que as cabines sejam transparentes. Cada um dos 209 eleitores das federações nacionais será obrigado a entrar em uma cabine para colocar seu voto. Mas não poderão levar celulares e câmeras fotográficas.
Apesar da derrota na Justiça, Ali continua no pleito para se tornar o substituto de Joseph Blatter na presidência da Fifa. Ele terá como adversários na sexta o suíço Gianni Infantino, o xeque bareinita Salman bin Ibrahim al-Khalifa - principais favoritos da eleição -, o francês Jérôme Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale.