Michel Platini (à esquerda) ao lado de Joseph Blatter
Patrick B. Kraemer/Keystone via AP
Michel Platini (à esquerda) ao lado de Joseph Blatter

O Comitê de Apelações da Fifa decidiu reduzir em dois anos as punições para o ex-presidente da entidade Joseph Blatter e para Michel Platini nesta quarta-feira (24). Agora, ao invés de estarem suspensos por oito anos, eles ficarão afastados do futebol por seis anos.

A redução foi provocada porque, após as apelações de ambos, os comissários decidiram anular a condenação por infração do artigo 21 do Código de Ética, que legisla sobre casos de suborno e corrupção.

"Embora concordando com os princípios e argumentos apresentados pela câmara decisória no cálculo das sanções, o Comitê de Apelação determinou que alguns fortes fatores atenuantes para Platini e Blatter não foram levados em conta. Neste sentido, o Comitê considerou que as atividades de Platini e Blatter e os serviços que prestaram à FIFA, à UEFA e ao futebol, ao longo dos anos, merecem o devido reconhecimento como um fator atenuante", disse o Comitê em nota.

Os dois continuam sendo considerados culpados pelas infrações a outros quatro artigos, que falam sobre a conduta dentro da entidade, sobre lealdade, conflito de interesses e o ato de receber presentes e benefícios.

Blatter e Platini receberam as punições por um caso de "má conduta" na Fifa. Em 2011, o então presidente da Fifa pagou ao francês o valor de dois milhões de francos suíços. O pagamento foi justificado publicamente como uma quitação por trabalhos feitos por Platini entre os anos de 1998 e 2002, mas que não foram realizados à época por falta de dinheiro.

Como o pagamento ocorreu cerca de dois meses antes do pleito que escolheu as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, o Comitê de Ética considerou o pagamento uma quebra das regras que os cargos merecem.

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