O ex-piloto Alessandro Zanardi , que sofreu um acidente nesta sexta-fera, quando competia em uma bicicleta adaptada na Itália , está em estado grave e respirando por aparelhos, após ser operado.
Em entrevista, o neurocirurgião responsável, Giuseppe Olivieri , afirmou que o atleta ainda lida com riscos cerebrais que não foram compreendidos e uma análise completo de possíveis danos só será possível “quando Zanardi acordar, se acordar”.
“Não estamos avaliando o quadro neurológico nesse momento. É algo que vamos acompanhar quando ele acordar, se ele acordar. Dizer que a situação é séria significa que ele pode morrer. Casos assim podem ter evolução gradual com o passar do tempo, assim como podem também piorar abruptamente”, afirmou, em frente ao hospital Santa Maria alle Scotte di Siena, onde o atleta está internado.
Nesta sexta-feira, Zanardi se chocou com um veículo pesado e sofreu múltiplos traumas, sendo removido do local de helicóptero. Alessandro participava de uma das etapas do revezamento Obiettivo Tricolore, uma jornada que reúne atletas paralímpicos em bicicletas de mão, bicicletas ou cadeiras de rodas olímpicas. Relatos do seu treinador dão conta que Zanardi perdeu controle , entrou na contramão e acabou atingido por um caminhão.
Você viu?
“Ele chegou até nós com um grande trauma facial. Nós fizemos a cirurgia para corrigir a situação e agora nós temos bons números, considerando a situação. Ele está sob tratamento porque merece tratamento. Ser otimista ou não, isso é inútil. São hipóteses que agora não fazem sentido. Tudo que sei é que falei com sua esposa e ele é alguém que merece tratamento e precisa ser curado”, diz.
Esse não é o primeiro acidente grave sofrido por Zanardi. Em 2001, ele perdeu o controle em uma corrida da Formula Indy , rodou e foi acertado em cheio pelo carro de Alex Tagliani. Com o acidente, ele perdeu as duas pernas. Começou então uma vitoriosa jornada no esporte paralímpico. Nas Olimpíadas de Londres foram dois ouros e uma prata, marca que se repetiu quatro anos mais tarde, no Rio de Janeiro.
“Não sei como serão os prognósticos para amanhã, daqui uma semana ou 15 dias, mas estou convicto de que vale a pena tentar”, concluiu.