O futebol pode ser Gourmet. Tem gente que prefere o Prato Feito, popular “PF”. Aquele “zóiudo” com feijão e arroz e salada, bem servido, pratão. Para quem gosta de pouca comida com mais qualidade, vai nos restaurantes renomados e “gourmetizados”.
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Sinceramente, prefiro o futebol bem jogado. Nem falo das condições de jogo da Champions League , estádios, torcida, organização etc... Falo de bola mesmo. Independente dos nomes dos jogadores, só que com mais estrelas a qualidade aparece mais, é uma questão óbvia. Aqui os bons valores saem cedo e a reposição nem sempre está à altura.
Futebol ensina, é só querer aprender
Na semana passada as lições ao futebol mundial foram dadas pelas semifinais da Champions League. Os favoritos às vagas na final jogaram as partidas decisivas em vantagem, o Barcelona construiu uma vitória sólida mesmo sendo dominado em casa, 3x0, e o Ajax venceu em Londres pelo placar mínimo o Tottenham e decidia a vaga em Amsterdam.
Confesso que apostei na final entre Ajax x Barcelona sem pestanejar. Para mim, tranquilamente os dois chegariam à finalíssima. Vantagens feitas e era “só” administrar no segundo jogo. E não é que a “caixinha de surpresas” chamada futebol aprontou dois momentos épicos e históricos na mesma semana?
Momentos pouco prováveis, aqueles que nem o mais fanático torcedor de quem perdeu o primeiro jogo acredita. E uma pergunta pode aparecer e para mim a resposta é fácil: Quem deu o maior vexame: Barcelona ou Ajax ? Ah, indiscutivelmente para mim foi o time de Messi.
Messi não joga sozinho, faz uma das melhores, senão, a melhor temporada de sua vida em números absolutos e individuais. Carrega o time nas costas, é bem verdade que sempre fez isso, sempre foi protagonista e melhor do time, mas agora é diferente, há menos jogadores decisivos no elenco e ele dá conta do recado.
Deu conta do recado no primeiro jogo no Camp Nou, o time não foi tão bem com a bola nos pés, mas ele fez a diferença com dois gols e a vitória por 3x0 eu parecia ser suficiente como garantia para a vaga na final da Champions. Mas para a surpresa de todos não foi.
Sorte dos torcedores do Liverpool e dos que não gostam do Barçelona, porque o que se viu em Anfield foi um jogo para nunca mais se esquecer. Sem Salah e Firmino o Liverpool de Klopp engoliu o time catalão e o 4º gol explica tudo: um gol de escanteio “mandraque”, manjado mesmo, que a defesa só ficou olhando.
Vexame catalão
Uma vergonha para uma camisa tão forte como a do Barcelona e ao Liverpool , ficam os aplausos para um time que não desistiu nunca de buscar o placar. Lembrando que o jogo virou apenas 1x0. O belga Origi e o holandês Wijnaldum foram os goleadores do jogo.
Na Holanda o jovem time do Ajax que encantou o mundo nessa temporada não contou com David Neres, “o bagúio foi loco” sem ele, mas a loucura provocada por Lucas, também ex-São Paulo, deixou todos de boca aberta na capital holandesa e no mundo.
Foi a maior partida individual de Lucas Moura na carreira, um momento que o coloca entre os grandes da Champions em todos os tempos, independente do título na final inglesa que vai acontecer no Estádio Metropolitano em Madrid no dia 01º de junho. Fazer 3 gols numa semifinal de Champions League após o time, jogando na casa do adversário, sair para o vestiário no intervalo tomando 2x0 e no agregado 3x0, não é coisa para qualquer jogador. Poucos mortais fizeram isso.
Lucas "esmerilhou"!
Lucas, justo ele, que saiu cedo do São Paulo, foi para o badalado Paris Saint Germain, teve espaço, mas faltou bola, muitos acham que foi injustiçado em Paris, mas fato é que ele não rendeu o que se esperava dele. Eu sempre achei o Lucas acima da média aqui e na Europa mais um. Mas nesse jogo, ele foi um extra-classe.
Num jogo dramático o Tottenham , sem o artilheiro Harry Kane, comandado por Lucas conseguiu fazer no 2º tempo 3 gols, virar a partida, empatar o placar agregado em 3x3 e vencer pelo critério de mais gols marcados fora de casa (critério que eu nunca concordei, só para deixar claro e não tirar os méritos do feito inglês). Foi uma virada espetacular digna de documentário.
Assim como a virada no placar realizada pelo Liverpool merece um filme só para ela. A última semana nos mostrou que o futebol pode ser mágico, imprevisível com as situações mais previsíveis. Era pedra-cantada que Barça e Ajax fariam a final, mas ela será disputada por ingleses de Liverpool e Tottenham .
O maior ensinamento foi o que nada está perdido mesmo quando está. Quando tudo parecia perdido, Liverpool
e Tottenham
mostraram que havia disputa, havia jogo, havia vaga na final. O alemão Jürgen Klopp
enfrentará o argentino Mauricio Pochettino
nessa grande decisão embalados pelos súditos da Rainha.
Será a 2ª final entre ingleses, aconteceu isso na temporada 2007/2008 em que o Manchester United venceu o Chelsea nos pênaltis e será a volta de um inglês ao topo da competição, coisa que não acontece desde a temporada 2011/12 quando o Chelsea foi competição batendo também nos pênaltis o Bayern de Munique.
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