A tecnologia no esporte parece ter chegado para ficar no Brasil. Depois de anúncios sobre a utilização do árbitro de vídeo (VAR) nos jogos de futebol pelo país , a novidade agora é realidade virtual no basquete.
O clube de basquete Mogi das Cruzes/Helbor deu o primeiro passo para levar a realidade virtual para os seus torcedores. Na semana passada, a empresa Panogramma esteve no Ginásio Hugo Ramos para captar imagens de jogadas com três integrantes da equipe utilizando câmeras de realidade virtual.
O projeto ainda já está em fase de desenvolvimento e, em breve, levará a sensação de estar dentro da quadra com os ídolos para os fãs do clube. “Eu amo basquete. Assim, poder usar essa ferramenta para aproximar as pessoas com essa máquina de empatia, criando uma instância inédita, é maravilhoso. Quando você coloca os óculos é transportado, fica imerso no jogo de basquete. É transformador e inovador”, diz João Marcello Bôscoli, sócio da Panogramma.
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O Mogi das Cruzes/Helbor será o primeiro clube no Brasil a adotar essa linguagem de mídia. Além da inovação e experiência para os torcedores, o projeto tem como objetivo expor de maneira natural e orgânica os atuais patrocinadores e atrair novos anunciantes.
“A realidade virtual é uma plataforma presente no mundo inteiro e a gente quer trazer um conteúdo diferente para a nossa torcida. O pioneirismo é um grande orgulho. Outro pilar é trazer novidade para os nossos patrocinadores e outras marcas que queiram estar no basquete de forma inovadora” explica Rodrigo Geammal, diretor de marketing do clube que disputa a NBB - Liga Nacional de Basquete.
A ideia é criar um núcleo para o torcedor experimentar a realidade aumentada, com um estande durante os jogos. Com os óculos, o torcedor terá a experiência inicial de jogar com os jogadores.
Realidade virtual na NBA
A NBA utiliza o recurso de realidade virtual desde o ano passado. No início da temporada 2017/18, a liga americana de basquetebol começou a oferecer a transmissão ao vivo de alguns jogos para assinantes do League Pass - pacote pay-per-view vendido por 95 dólares. Uma alternativa mais acessível para quem tem o desejo de estar na primeira fileira. Em média, um convite nesse setor custa em média 13.000 dólares.
No Brasil, a oportunidade de ver a NBA pela realidade virtual foi oferecida pela NBA em parceria com a Vivo. Em 2017 o cliente desembolsava R$ 20 por mês e assinava o pacote premium do aplicativo NBA. O serviço disponibilizou 27 jogos entre temporada regular, Playoffs e Finais.
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Para assistir era preciso ter o aplicativo NextVR e o óculo de realidade virtual compatíveis com o smartphone a ser utilizado. Na internet, o valor dos equipamentos - óculos e controle -variam de R$ 30 até R$ 7.800 – Kit de realidade aumentada.