Presente desde 1950 na Fórmula 1 – ano de estreia da categoria –, o GP de Mônaco é um dos mais tradicionais da F1. Além de clássica, a corrida em Monte Carlo é conhecida também pelo seu glamour – artistas, políticos e a família real de Mônaco são figuras carimbadas nas ruas do Principado durante os treinos e a prova .
Leia também: Michael Schumacher pode realizar grande sonho anos após grave acidente
Mas, durante o fim de semana do GP de Mônaco , é para a pista de rua que os holofotes ficam voltados. E ali, quem reinou durante anos foi Ayrton Senna . O tricampeão mundial é o maior vencedor da história do circuito e foi responsável por vários dos momentos mais marcantes da prova.
Conhecido pelos poucos pontos de ultrapassagem, o circuito de Mônaco já foi palco também de diversos acidentes – alguns deles fatais. Para evitar problemas similares, a FIA decidiu, há alguns anos, proibir o uso da asa traseira móvel no túnel durante os treinos .
A seguir, confira cinco momentos históricos do Grande Prêmio de Mônaco.
Onda inesperada
Logo na primeira volta da corrida de estreia do Circuito de Mônaco, em 1950, uma onda vinda do porto de Monte Carlo inundou a pista na altura da Curva da Tabacaria. Juan Manuel Fangio, que havia largado na pole position, conseguiu escapar. Mas Giuseppe Farina rodou, o que causou o empilhamento de mais oito carros.
Leia também: Bolsonaro quer acabar com acordo entre Petrobras e McLaren na F1
No fim, apenas sete dos 19 pilotos que iniciaram a prova conseguiram completá-la. A corrida também garantiu a Fangio o primeiro Grand Chelem da história da F1 – quando o vencedor larga na frente, lidera a prova de ponta a ponta e marca a volta mais rápida.
Derrota na última curva
O Grande Prêmio de Mônaco de 1970 traz más lembranças para Jack Brabham. Após assumir a liderança da prova na 27ª volta, o australiano bateu na última curva do giro final, quando tentava desviar de um retardatário. Com isso, Jochen Rindt herdou a vitória. A surpresa no circuito foi tamanha que o diretor da prova não deu a bandeirada quando o ganhador cruzou a linha final.
Briga de rua
Em 1989, Nelson Piquet e Andrea de Cesaris protagonizaram uma cena típica do trânsito das grandes cidades. Ocupando a quarta posição na corrida, o italiano bateu em Piquet – retardatário na ocasião – e os dois carros ficaram emperrados na pista. A batida gerou duas cenas curiosas: um pequeno congestionamento com outros competidores tentando ultrapassar a dupla que estava parada, e uma discussão teatral dos dois pilotos de dentro dos carros.
O rei de Mônaco
Das dez vezes que correu no Principado, Ayrton Senna venceu em seis. Em outras duas, o tricampeão mundial subiu ao pódio. Os números fazem do brasileiro o maior vencedor do Grande Prêmio de Mônaco de todos os tempos.
Já na sua temporada de estreia na Fórmula 1, em 1984, guiando uma Toleman, o piloto saiu da 13ª colocação para terminar em segundo, sob forte chuva.
Senna também encerrou sua participação por lá em grande estilo, ao vencer em 1993. No ano seguinte, a corrida em Mônaco aconteceu logo após a morte do tricampeão, e diversas homenagens foram feitas ao ídolo.
Histórico de acidentes
O circuito de Mônaco foi responsável por alguns acidentes graves. Em 1955, Alberto Ascari liderava a prova na 80ª volta quando não conseguiu concluir a chicane, capotou por cima da barreira de proteção e mergulhou no mar de Mônaco. O piloto da Lancia saiu ileso da batida.
Leia também: Festival em Interlagos homenageia Ayrton Senna, 25 anos após sua morte
A mesma sorte não teve Lorenzo Bandini , em 1967. Bandini brigava pela primeira posição da prova quando, na 82ª volta, perdeu o controle do carro na chicane. O bólido capotou e pegou fogo com o piloto dentro. Bandini foi levado ao hospital ainda com vida, mas morreu três dias depois.
Cinco anos antes, o GP de Mônaco presenciara outra morte. O fiscal de prova Ange Baldoni morreu após ser atingido por um pneu do carro de Richie Ginther.