Fernanda Kanno é um nome conhecido na televisão peruana. Durante 11 anos, a jornalista foi um dos rostos da emissora local América Televisión. No entanto, em meados de 2017 ela deixou a profissão de lado para realizar um sonho , ser pilota do Rali Dakar.
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Aos 34 anos de idade, a jornalista conta que não abandonou totalmente a televisão e tudo não se passa de um tempo. "Provavelmente vou voltar ao jornalismo no ano que vem, depois da competição. Estou 100% dedicada neste projeto, não conseguiria fazer ambos", explicou, em entrevista ao portal Infobae.
A paixão pelo Rali Dakar começou cedo, por influência do pai, que tinha o hábito de pescar. "Para chegar até os locais da pesca, se vai com 4x4 e normalmente só se chega com o GPS. Então desde pequena, eu sempre gostei de entrar no deserto, andar na areia. Nós adoramos carros, eu sempre gostei de dirigir", disse a descendente de japoneses.
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Preparação e expectativas
Antes de se tornar uma competidora, Fernanda Kanno fez diversos cursos com profissionais para que pudesse treinar nas dunas e aperfeiçoar seus entendimentos sobre mecânica. Assim, para fazer parte das competiçõs do Rali Dakar, é necessário se increver e então, ser aceito ou não pelo evento. "Um dia, recebi a carta indicando que a entidade organizadora havia aceitado o pedido, não consegui acreditar quando chegou", relembra.
"Minhas expectativas são, a princípio, terminar a corrida . Vou terminar, mas sem focar em uma posição. Eu teria que morrer e renascer para começar a pensar em conseguir uma posição. O que eu quero é terminar, meu treinamento me preparou para ficar na corrida", disse.
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A jornalista vai se tornar a primeira pilota peruana na história do Dakar, que terá início em 6 de janeiro de 2018. O primeiro percurso será realizado de Lima, capital do país, para Córdoba, na Argentina. "Não tenho pressão para querer ganhar, mas tenho a pressão de querer mostrar a essas pessoas que os sonhos podem ser cumpridos", finalizou Fernanda Kanno.