A opinião de Bernie Ecclestone sobre a possibilidade de mulheres correrem na principal categoria do automobilismo sempre gerou polêmica. Na contramão da luta pela igualdade de gêneros, o ex-chefão da F1 chegou a dizer que "isso não deveria ser levado a sério". Mas a britânica Jamie Chadwick pretende provar o contrário.
LEIA TAMBÉM: Ecclestone volta a falar contra mulheres na F1: "Não deveria ser levado a sério"
Aos 19 anos de idade, a garota compete atualmente pela categoria F3 e vem chamando a atenção por seu desempenho. Sendo o único membro do sexo feminino da competição, deixa muitos meninos para trás. Em 2015, Jamie foi campeã britânica do GT4 e sonha ainda mais alto, ela quer ser pilota da F1 .
Jamie Chadwick pretende também ir além de sua compatriota Susie Wolff. A ex-pilota foi contratada pela Williams em 2012, mas ficou apenas nos testes da companhia. A jovem garota quer correr um Grande Prêmio.
"Eu sou a única menina da Fórmula 3 e eu ainda ouço os meninos dizerem: 'Eu perdi para uma garota'", disse Jamie ao jornal inglês "The Sun". "Eu não levo isso como um insulto, é bom para mim!"
"Eu não encontrei nenhuma discriminação por causa do sexo, o que me surpreendeu, porque é um esporte onde os homens costumam ser machistas. Você obviamente tem que se acostumar com a maneira como os engenheiros falam com voce, porque não será sempre pétalas e rosas", completou a garota.
LEIA TAMBÉM: Ex-chefão da Fórmula 1 explica o motivo de nunca ter ido visitar Schumacher
Mulheres na Fórmula 1
A história mostra também que algumas mulheres também foram pilotas de teste na F1. Em setembro de 2002, a americana Sarah Fisher teve a oportunidade de guiar um carro da McLaren depois dos treinos livres de sexta-feira em Indianápolis, local do Grande Prêmio dos Estados Unidos.
Já a britânica Katherine Legge fez um teste pela Minardi no Circuito de Vallelunga, na Itália, em novembro de 2005. Ela bateu o carro logo após dar duas voltas no circuito e voltou a testar o carro alguns dias depois. O teste durou apenas 27 voltas.
LEIA TAMBÉM: Hamilton pede presença feminina na F1. Você sabe quantas mulheres já correram?
Em 2012, a piloto espanhola Maria de Villota foi contratada pela equipe Marussia como piloto de testes. Em julho daquele ano, sofreu um grave acidente durante os testes aerodinâmicos realizados no aeroporto de Duxford, em Londres. Ela perdeu a visão neste acidente. Em outubro do ano seguinte, foi encontrada morta em um quarto de hotel - o falecimento foi causado pelas sequelas.
Também em 2012, a britânica Susie Wolff assinou contrato com a equipe Williams e passou a participar dos testes em túneis de vento e de desenvolvimento do carro, aumentando o time de mulheres
na F1. Dois anos depois, a Sauber assinou com Simona de Silvestro como "piloto afiliada". E neste ano de 2017, a mesma Sauber anunciou a colombiana Tatiana Calderón como piloto de desenvolvimento para a temporada.