Uma das maiores esportistas de todos os tempos, a ex-tenista brasileira Maria Esther Bueno faleceu na noite desta sexta-feira (8), em São Paulo, aos 78 anos. Ela se tratava de um câncer na boca no hospital Nove de Julho, mas não resistiu à agressividade da doença.
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Afamada por seu estilo elegante e preciso de jogo, a “ bailarina do tênis ”, como era conhecida, Esther ocupou o topo do ranking mundial do esporte por quatro temporadas: 1959, 1960, 1964 e 1966. Esther conquistou 19 títulos de Grand Slam, como são conhecidos os principais torneios de tênis do mundo.
Somente no mítico gramado de Wimbledon, no Reino Unido, foram sete troféus, o que lhe rendeu o apelido de “rainha de Wimbledon”. Ela também venceu o torneio do Aberto da Austrália, Roland Garros, em quadra de saibro, e o US Open, em piso duro.
Após conquistar Wimbledon pela primeira vez, Esther se tornou um ícone nacional. Sua chegada ao país causou frisson no aeroporto em que desembarcou no Rio de Janeiro, e ela seguiu embalada por fãs até o Palácio das Laranjeiras, onde honrou Juscelino Kubitschek com uma visita. Lá, foi laureada com a medalha do Mérito Desportivo da presidência da República.
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Esther também conquistou parágrafos no Guiness Book. Nenhum tenista jamais venceu tão rapidamente uma final de Grand Slam: em 1964, na partida decisiva do US Open, ela despachou sua adversária, a estadunidense Carole Caldwell Graebner, em apenas 19 minutos.
Considerada uma tenista completa, adaptada a qualquer tipo de quadra, Maria Esther ascendeu em 1978 ao Hall da Fama do Tênis, merecendo uma estátua de cera em tamanho real no famoso museu britânico Madame Tussaud. Em uma votação em que opinaram jornalistas e esportistas, a brasileira foi apontada como a maior tenista latino-americana do século XX.
Paulsitana, Esther iniciou sua carreira bastante jovem, aos 11 anos, jogando pelo Clube Tietê. O sonho de seu pai era que ela fosse bailarina, o que ela de fato se tornou, mas por vias que ele não poderia prever.
Antes da doença, Maria Esther Bueno trabalhava na TV Globo como comentarista do esporte que a cobriu de glórias.
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