A australiana Margaret Court é considerada um dos maiores nomes de todos os tempos do tênis. Dona de 24 troféus de Grand Slam, no ano de 1970 tornou-se a primeira mulher a ser campeã de todos os quatro individuais torneios em uma mesma temporada. Ela ainda ocupa o cargo de tenista, dentre homens e mulheres, que mais venceu títulos.
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Hoje, aos 74 anos de idade, a tenista tornou-se pastora em uma igreja cristã e chocou o mundo esportivo ao fazer declarações homofóbicas. "Eu quero dizer, o tênis está cheio de lésbicas. Porque mesmo quando eu ainda jogava, tinham poucas delas. Mas, essas poucas, levaram as mais jovens à festas e outros eventos", disse Margaret em entrevista à rádio religiosa "Vision Christian".
"Estamos aqui para ajudá-las a superar isso. Não somos contra as pessoas", afirmou a ex-atleta, alegando não ter preconceito com homossexuais. "Eles são seres humanos e 92%, eles dizem na América, foram abusados de alguma maneira sexual ou emocional quando eram mais novos, por isso são assim".
Questionada sobre transexuais, a australiana acredita que as crianças tiveram suas mentes corrompidas e afirma que se trata de um trabalho do diabo. "Deus tem muita influência na nossa mente e como isso nos afeta, nosso emocional e nossos sentimentos. Você pode pensar 'sou um garoto' e isso vai afetar você, porque é coisa do demônio".
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Repercussão
As declarações da australiana geraram polêmica no esporte. Em homenagem à ex-tenista, a segunda quadra principal do Australian Open foi batizada Margaret Court Arena, no entanto, uma campanha foi criada para que o nome seja alterado.
A tenista tcheca Martina Navratilova se manifestou sobre a declaração da pastora em sua conta do Twitter: "Talvez seja hora de mudar o nome da Margaret Court Arena então... e acho que a Margaret vai usar um barco na sua próxima viagem", escreveu.
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O inglês Andy Murray também expressou sua opinião sobre o assunto. "Eu não vejo porque alguém tem problema com duas pessoas que se amam se casando", disse o atual número 1 do tênis masculino.