Investigado na França por corrupção, o presidente do Comitê Olímpico Japonês (JOC), Tsunekazu Takeda, anunciou nesta terça-feira (19) que deixará o cargo em junho, cerca de um ano antes da realização dos Jogos Olímpicos, que serão realizados no Japão.
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Takeda é investigado pela justiça francesa por "corrupção ativa", já que segundo as autoridades, o dirigente teria comprado votos que levou Tóquio a vencer as candidaturas de Istambul e Madri para sediar as Olimpíadas de 2020.
A investigação, que iniciou em 2016, suspeita que um pagamento de R$ 7,8 milhões foi realizado pela empresa de consultoria Black Tindings pouco antes da vitória da capital japonesa, com 60 votos contra 36 para Istambul para sediar os Jogos Olímpicos .
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Desde 2001 no comando da entidade japonesa, a decisão do dirigente de 71 anos foi confirmada em uma reunião do JOC. Takeda deverá também deixar a presidência do comitê de marketing do Comitê Olímpico Internacional (COI).
"Eu não acredito que fiz algo ilegal ou errado. É lamentável que uma sombra tenha sido lançada no torneio por minha causa, mas também acho que é meu dever servir o resto do meu mandato como presidente. Considerando o futuro do Comitê Olímpico Japonês, pensei que a decisão mais conveniente era deixar a gestão para um novo líder da próxima geração", disse Takeda.
"Durante 18 anos presidi o comitê. Tóquio foi escolhida com o esforço de todos, os preparativos avançam como deveriam", reafirmou.
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De acordo com a imprensa japonesa, diversos candidatos estão na disputa para substituir Takeda. Entre eles, está o campeão olímpico de judô Yasuhiro Yamashita. Faltando menos de 500 dias para o início das Olimpíadas de Tóquio, o Japão irá investir mais de US$ 20 bilhões para organizar a competição.