Margaret River
WSL / Matt Dunbar
Margaret River

A continuação do Margaret River Pro foi cancelada pela World Surf League nesta quarta-feira (18), visando a segurança dos atletas pelo alto risco da presença de tubarões nesta semana na costa ocidental da Austrália. A terceira do mundial de surfe tinha prazo até o próximo domingo (22) para ser finalizada, mas todos os surfistas concordaram com a decisão. Os 24 atletas que iam disputar a terceira fase, terminaram em 13º lugar e somaram 1.665 pontos no ranking. Enquanto isso, os oito classificados para as quartas de final na segunda-feira, ficaram empatadas em quinto lugar com 4.745 pontos.

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Nesta última segunda-feira (16), dois incidentes distintos aconteceram na vizinha Gracetown, aproximadamente 6 km de distância de Main Break, palco principal do Margaret River Pro. Assim, a liga responsável pelo evento acionou todos os seus protocolos de segurança, promovendo reuniões com todos os envolvidos antes de tomar a decisão de cancelar a continuação do campeonato.

“A WSL coloca a segurança em primeiro lugar”, escreveu Sophie Goldschmidt, CEO da WSL. “O surfe é um esporte com várias formas de risco, o único praticado onde os animais selvagens habitam nosso local de desempenho. Os tubarões são uma realidade ocasional das competições da WSL e do surfe em geral. Todos no nosso esporte sabem disso. Houve incidentes no passado, é possível que haja no futuro, que não chegaram ao cancelamento de um evento do CT. No entanto, as circunstâncias atuais são muito incomuns e preocupantes, então decidimos que o alto risco durante o Margaret River Pro esse ano ultrapassou o limite do aceitável”.

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“A segurança é nossa maior prioridade e essa é a decisão certa a ser tomada, devido a todas as circunstâncias”, disse o comissário da WSL, Kieren Perrow. “Analisamos a situação de perto, falamos com os atletas, a Water Safety, as autoridades locais, analisamos o máximo de informações possível. Margaret River é um lugar fantástico do mundo, mas a presença de tubarões ativamente agressivos e baleias encalhadas neste período, nos convenceram de que este era o caminho correto a seguir”.

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Relatos dos surfistas

Sage Erickson, surfista da elite m,ndial
Reprodução
Sage Erickson, surfista da elite m,ndial

“Os tubarões são algo com que vamos sempre ter que lidar toda vez que surfamos e nós aceitamos esse risco”, disse Adrian Buchan, representante dos surfistas. “Devido as carcaças de baleias mortas, vários ataques foram registrados e estão aumentando, então eu apoio totalmente a decisão da WSL de colocar a segurança dos surfistas em primeiro lugar. Essa região ocidental da Austrália é um dos meus lugares favoritos e parte desse fascínio é a beleza selvagem e a sensação de estar perto da Natureza. Agradecemos o carinho da comunidade local e esperamos voltar em breve”.

“É uma decisão realmente difícil, já que os surfistas adoram vir aqui”, disse Sage Erickson, top do CT e representante das surfistas da elite, que também tiveram a etapa em Margaret Tiver cancelada nas quartas de final. “É um lugar lindo, as ondas são incríveis e toda a comunidade apoia bastante o surfe profissional. Mas, a situação nesta temporada está realmente desafiadora e várias surfistas não se sentem seguras. Eu sei que não é uma decisão fácil, mas nós realmente aprovamos pela quantidade de informações e incidentes que ocorreram”.

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