O maior evento esportivo dos Estados Unidos movimenta a economia do país e gera R$ 14,6 bilhões em apostas, 97% dentro do mercado clandestino
A 51ª edição do Super Bowl acontece neste domingo (5), em Houston, estado norte-americano do Texas. A partida entre o New England Patriots e o Atlanta Falcons acontecerá no Reliant Stadium, casa do Houston Texans. A grande final da NFL leva os cidadãos dos Estados Unidos à loucura e move bilhões de dólares para a economia do país.
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A Associação Americana da Indústria de Jogos (AGA, sigla em inglês), divulgou nesta terça-feira (31) que cerca de R$ 14,6 bilhões serão gerados a partir de apostas, a maioria delas de maneira ilegal. De acordo com a entidade, que representa a indústria dos cassinos dos Estados Unidos, 97% da verba apostada no Super Bowl dentro do território norte-americano será feita de forma ilegal. Ou seja, R$ 13,9 bilhões são apostados pelo mercado clandestino. A porcentagem ainda representa um aumento de 11% em relação ao ano passado, durante o duelo entre Denver Broncos e Carolina Panthers.
Os números são altos pois apenas o estado de Nevada permite apostas esportivas tradicionais. A permissão se encontra dentro do estatuto da lei de Proteção aos Esportes, promulgada em 1992. No ano passado, o Estado registrou R$ 412 milhões em apostas. Enquanto isso, o restante foi realizado através do mercado clandestino, com bookies e sites ilegais.
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Regulamentação
"Um mercado regulamentado geraria receitas fiscais e empregos. Além disso, protegeria os consumidores e alavancaria tecnologia de ponta para fornecer integridade dos jogos que todos amam", defendeu Geoff Freeman, presidente da AGA.
Os Estados Unidos ainda buscam a regulamentação do mercado de apostas no país. O vizinho Canadá, Reino Unido e Austrália são alguns dos territórios exemplos de negócio legal em apostas esportivas.
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O Comitê de Energia e Comércio da Câmara norte-americana dos representantes busca revisar as leis do país para transformar o ato em legal. "Está na hora do Congresso atualizar as leis de jogos para que se tenha poder do que realmente está acontecendo em todo os Estados Unidos, incluindo as apostas esportivas", disse Frank Pallone, de Nova Jersey. O democrata ainda pretende criar uma proteção ao cliente de jogos de azar.