Abraham Kiptum fez a sua melhor marca na carreira em uma meia maratona. O atleta venceu neste ano a Maratona de Daegu, na Coréia do Sul
Está ficando cada vez mais comum a quebra de recordes em maratonas nos últimos anos. No mês passado, por exemplo, o queniano Eliud Kigchoge, campeão olímpico na Rio 2016, quebrou o recorde mundial na maratona de Berlim . Neste fim de semana, seu compatriota Abraham Kiptum quebrou o recorde mundial da meia maratona de Valencia.
Com o tempo de 58 minutos e 18 segundos, o queniano venceu neste domingo a prova da meia maratona de Valencia , na Espanha. O tempo de Kiptum foi cinco segundos abaixo da marca anterior, estabelecida em 2010, por Zersenay Tadese atleta da Eritrea, na meia maratona de Londres.
O pódio foi completado por atletas da Etiópia. O segundo colocado foi Jemal Yimer, dois segundo atrás de Kiptum, e o terceiro lugar ficou com o Abadi Hadi. Recentemente, Kiptum venceu a maratona de Daegu, na Coréia do Sul, com o tempo de 2 horas 06 minutos e 29 segundos.
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Além de deter o recorde mundial da maratona masculina e da meia maratona na categoria masculina, o Quênia também tem atleta feminina com marca histórica. Joyciline Jepkosgei estabeleceu seu melhor tempo na meia maratona de Valencia, no ano passado, com 64 minutos e 51 segundos.
Como os atletas têm ficado tão rápidos?
Um estudo publicado na Discovery News em 2008 apontava que o avanço na tecnologia (principalmente nas roupas), o número de países nas disputas e maior acesso de pessoas comuns à prática de esportes, além da carreira mais longa dos esportistas tem sido fatores responsáveis para que mais recordes sejam batidos.
No site Let’s Run, um dos mais especializados em atletismo e corridas de rua no mundo, um artigo de Johnathan Gaut foi publicado e questionava se a ‘Era dos Recordes Mundiais’ (desde 1981 até 2018) acabou.
Segundo o autor, o recorde de Eliud Kigchoge em Berlim aumentou o nível das maratonas. O queniano teve a melhor evolução de tempo em mais de 50 anos e, competir nesse nível, pode ser difícil para os outros atletas.
Outro dado interessante foi lançado por Gaut sobre a rapidez dos corredores: o uso do tênis Vaporfly da Nike. Segundo um estudo do cientista esportivo Ross Tucker, publicado no New York Times, o modelo deste tênis foi considerado mais de 1% mais rápido do que outros tênis avaliados no estudo.
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Lançado em 2017, o tênis foi utilizado por Kogchoge em Berlim no recorde mundial. Se Kiptum estava utilizando-o durante a meia maratona de Valencia , neste domingo, não foi possível descobrir, mas já é possível imaginar que depois desse estudo alguns corredores irão esgotar o estoque da empresa americana.