Atual campeão olímpico da maratona, Eliud Kipchoge marcou 2h01min39s, cerca de um minuto a menos do que o recorde da prova em 2014.
O atual campeão olímpico da maratona , o queniano Eliud Kipchoge, quebrou neste domingo em Berlim o recorde mundial da prova, com a marca de 2h01min39s. O tempo de Kipchoge reduz em um minuto a marca de 2014, de 2h02min57s, do compatriota Dennis Kimetto.
“Eu não tenho palavras para descrever este dia”, disse o corredor, ex-campeão mundial de 5.000 m e medalhista de ouro na Olimpíada do Rio, em 2016. “Estou muito grato, feliz por quebrar o recorde mundial na Maratona de Berlim . Minha única palavra é ‘obrigado’”.
Com temperatura de 20ºC e com ausência de ventos, o queniano se colocou na liderança desde o início, dividindo-a algumas vezes com os corredores que tentam marcar o ritmo de prova, mais conhecidos como ‘coelhos’. Kipchoge, inclusive, teve seu tempo de prova corrigido, já que a organização tinha informado inicialmente a marca de 2h01min40s.
“Foi difícil correr sozinho. Mas fiz minha própria corrida, confiei nos meus treinos, no meu programa e no meu treinador. Foi isso que me empurrou nos últimos quilômetros”, disse o atleta.
O pódio da Maratona de Berlim foi todo para o Quênia. Em segundo lugar ficou Amos Kipruto e em terceiro Wilson Kipsang. Na prova feminina, a também queniana Gladys Cherono fez a melhor marca do circuito e a melhor do ano com o tempo de 2h18min10s.
Muito antes da Maratona de Berlim, Abebe Bikila fazia história na Olimpíada
Há 58 anos um africano também entrava para a história da maratona. Porém, da maratona olímpica. Abebe Bikila , um corredor etíope, foi convocado pela seleção de seu país por acaso em 1960 para disputar os Jogos Olímpicos de Roma no lugar de seu compatriota Wami Biratu.
Bikila chamou atenção do mundo por disputar a prova descalço. Segundo ele, os modelos fornecidos pela empresa esportiva oficial dos Jogos não eram confortáveis. O tempo de prova do atleta foi de 2h15min16s.
Ao ganhar a prova, Bikila respondeu o porquê correu sem tênis “queria que o mundo soubesse que a Etiópia, sempre tinha conseguido suas vitórias com heroísmo e determinação”. Retornou ao país como herói nacional e foi promovido a cabo e condecorado pelo imperador Haile Selassie.
Quatro anos depois ganhou novamente a prova na Olimpíada de Tóquio com o tempo de 2h12min11s - um pouco distante dos números da Maratona de Berlim . É considerado o maior maratonista de todos os tempos e foi o primeiro africano a ganhar uma medalha de ouro olímpica.