O streamer Hudson Amorim é referência do Free Fire no Brasil atualmente, mas há quatro anos a situação era bem diferente. Natural de Teixeira de Freitas, na Bahia, o youtuber já havia passado por oito empregos diferentes com apenas 21 anos, e se dividia entre 'bicos' para trabalhar como garçom na churrascaria de sua mãe.
Em entrevista exclusiva ao iG Esportes, Hudson deu detalhes do seu início na produção de conteúdo do Battle Royale, e como um incentivo do irmão mais novo mudou seu futuro.
iG: Como foi deixar a vida de garçom e virar um sucesso como jogador de Free Fire e criador de conteúdo?
Hudson Amorim: Logo quando comecei, pensei muito para deixar meu trabalho e viver realmente do Free Fire. Na época, não tinha monetização, mas conseguia ganhar uma grana até conseguir monetizar meu canal. Consegui isso em uma semana, aprendi sobre o YouTube e deu certo. Em quatro meses eu conseguia ganhar um dinheiro e me manter.
iG: Seu irmão mais novo foi um dos seus grandes incentivadores a começar no Free Fire?
HA: Meu irmão me incentivou muito a jogar e ele já entendia da plataforma do YouTube. Ele fazia video de motovlog e de Free Fire. Ele me incentivou a jogar junto com ele. Querendo ou não, ele foi fundamental. Eu poderia nem jogar. E me viciei e joguei por 12 horas na primeira vez.
Você viu?
iG: Devido à saturação de competidores na modalidade, cada vez mais vemos e-Atletas migrando do Free Fire para criação de conteúdo na internet, investindo em vídeos e outros games. Você acha que isso é uma tendência para os próximos anos?
HA: Todo mundo que entra no YouTube procura coisas diferentes. As pessoas querem jeitos diferentes de monetizar os conteúdos e fugir da mesmice. Eu penso nisso. Eu faço reacts e queria muito fazer vlogs também. Mas ainda não estudei e estruturei isso. Creio que o Free Fire esteja longe de acabar, acho que vai durar muito tempo. Claro que as coisas mudam rápido, mas eu enxergo uma vida longa no Free Fire e cada vez mais gente jogando. Não vejo como ainda ter um prazo de validade.
iG: Já ouvi você dizendo ser fanático por futebol, e praticava muito o esporte. Passou pela sua cabeça um dia ter sido um atleta profissional?
HA: Eu gostava muito de jogar, não gostava muito de assistir futebol. Mas eu jogava quase todos os dias, mesmo depois de casado. Eu gostava muito. Eu não tinha como ser atleta porque entrei tarde em escolinha, com 11 anos. Estava velho, entre aspas. Não pensei em ser profissional, joguei por hobbie.
iG: Atualmente, o 'Fluxo' é uma das equipes mais badaladas do cenário do Free Fire, mas o 'Los Grandes' está com uma line bem interessante e está brigando lá em cima. Como você vê essa rivalidade na categoria?
HA: Os donos da Fluxo são meus amigos. E quando a Los Grandes estava na Série B, eu torci por eles. Hoje, torço pela Los Grandes, claro. Está uma disputa muito saudável, chegamos muito bem na Série A e fazendo acontecer. Curto muito o estilo de jogo deles. E são todos meus amigos.
iG: Hudson, você é um cara vivido, já trabalhou como garçom, mototáxi, vendeu minipizza, e atualmente é um gamer conhecido nacionalmente. Você tem algum plano diferente para o futuro ou pretende continuar no mundo digital?
HA: Realmente, com 21 anos tive oito profissões. Voltei a ser garçom até 24 anos. Depois entrei para internet. Claro que tem problemas, em todo lugar tem, mas evito as polêmicas para me manter ativo. Hoje faço investimentos para viver sem precisar só da monetização dos vídeos e conteúdos.