A canadense Christine Girard tinha ficado com a medalha de bronze em Londres 2012, mas com redistribuição recebeu a de ouro
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A canadense Christine Girard tinha ficado com a medalha de bronze em Londres 2012, mas com redistribuição recebeu a de ouro

Já imaginou esperar seis anos por uma medalha de ouro? Ou dez anos por uma medalha de bronze? Nesta segunda-feira (03), a halterofilista canadense Christine Girard sentiu na pele a sensação.

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Em cerimônia comemorativa, a atleta recebeu do Comitê Olímpico Internacional – COI, duas medalhas redistribuídas. O reconhecimento de Christine veio depois da descoberta de vários casos de doping nas edições de Londres 2012 e Pequim 2008, na categoria 63 kg.

Apesar de feliz, a atleta pareceu um pouco frustrada com a situação. “Não será comparável. Seria diferente se eu tivesse minhas medalhas no pódio dos Jogos”, disse.

A ascensão tardia de Christine se deve ao fato dos re-testes do COI. Um programa assinado em 2004 que determina que a organização guarde amostras de exames antidoping por 10 anos e que eles sejam reavaliados periodicamente.

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As edições de 2008 e 2012 registram até agora o maior número de positivos em re-teste desde 1968. Os re-testes de Pequim corrigiram 65 casos e, de Londres 48. Contando com os testes realizados na época de realização dos Jogos, os números são elevados: a China tem 72 e a Inglaterra 57.

Em 2008, Christine ficou em quarto lugar na prova dos 63 kg. A cazaquistanesa Irina Nekrassova ficou com a prata, mas foi pega no re-teste do COI em novembro de 2016 e perdeu sua medalha. Desta forma, Christine foi elevada para terceira colocação geral.

Já em 2012 a canadense ficou em terceiro lugar, atrás da cazaquistanesa Maya Maneza e da russa Svetlana Tsarukaeva Ambas foram desclassificadas pelo re-teste. Em abril deste ano Christine recebeu a informação de que era a nova campeã olímpica de halterofilismo 63 kg dos Jogos de Londres.

“Eu nunca duvidei por um momento que eu fiz tudo o que eu poderia fazer para ganhar essa medalha de ouro. Ter meus esforços e o dos meus treinadores, família e apoiadores validados significa o mundo para mim, mesmo que seja após seis longos anos”, comemorou a atleta, agora com 33 anos.

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Christine Girard é a primeira (e única) mulher a ser campeã olímpica de halterofilismo do Canadá. Além da honraria das medalhas concedidas nesta segunda-feira, ela também conquistou uma medalha de ouro no Pan-Americano de Guadalajara em 2011 e prata no Rio de Janeiro, em 2007.

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