As autoridades sul-coreanas escolheram um sistema de segurança não invasivo e aparentemente "soft" para vigiar os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang. Ao visitar as as instalações olímpicas, a sensação é de extrema tranquilidade: polícia presente, mas discreta; nenhum deslocamento de grandes meios militares; controles rápidos com detectores de metal na entrada dos prédios considerados mais sensíveis.
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A ideia dos organizadores era a de não passar a impressão de um país "blindado" para um evento de âmbito internacional. Vale ressaltar que o país sede dos Jogos de Inverno de 2018 tem um baixo risco de terrorismo, sua situação política interna é estável e não existem atritos de ordem religioso.
A única área de cautela é representada pela zona de fronteira com a Coreia do Norte, uma faixa entre cinco e 20 quilômetros que é desaconselhada e na qual ainda podem ser encontrados alguns campos minados. No entanto, ela está a centenas de quilômetros de distância do palco olímpico. Na região de Pyeongchang , é possível sim encontrar policiais, mas não em grandes quantidades. O que chama a atenção, é que ninguém está portando armas, nem pistolas, nem fuzis, no máximo, cassetetes.
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Clima de paz
O acesso à Vila Olímpica é gerido por militares por meio de um sistema eletrônico para os controles de identidade, com raio-x para bolsas e detectores de metal para os visitantes. Mas a partid do momento no qual se está dentro da área, há apenas o controle de vigilância por vídeo. No centro de imprensa, há jovens agentes policiais controlando os acessos, onde voluntários também ajudam.
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A atmosfera é bastante relaxada. Um pouco mais adiante, no International Broadcast Center (IBC), há o único blindado da "Swat" da Polícia Nacional Coreana. Ao andar pelas ruas, não se ouve sirenes. "A escolha foi de não militarização nas cidades e de confiar mais na videovigilância. A Coreia do Sul é um país tranquilo e seguro - e essa é a imagem que queremos passar para o mundo", explica Kim, um dos milhares dos Jogos de Inverno de 2018.