A Justiça do Estado do Rio de Janeiro trancou a ação penal contra o nadador norte-americano Ryan Lochte, que havia denunciado um crime falso durante os Jogos Olímpicos de 2016 . No Brasil em agosto do ano passado para competir nas Olimpíadas , o nadador tinha relatado à polícia, naquela época, que fora assaltado com mais três atletas quando voltava de uma festa.
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Mas, de acordo com a Polícia Civil, o grupo de nadadores tinha danificado um posto de gasolina e tentava ocultar o delito. Ryan Lochte e o colega James Feigen foram formalmente acusados de comunicação falsa de crime, mas a defesa dos atletas alegou que a polícia agiu com base em uma entrevista cedida pelo astro norte-americano à emissora oficial dos Jogos NBC. O réu foi formalmente ouvido apenas no dia seguinte.
Nesta quinta-feira, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido da defesa e trancou o processo, entendendo que só ocorre crime de comunicação falsa de delito quando a polícia toma medidas a partir da narrativa da suposta vítima - e não quando o depoimento ocorre depois da polícia começar a agir.
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A decisão ainda não foi publicada. Devido à mentira, o nadador foi penalizado com uma suspensão de 10 meses , que terminou no dia 1 de julho. Abandonado por seus patrocinadores e odiado até mesmo em seu próprio país, que costuma exaltar seus atletas, devido ao incidente, Lochte revelou recentemente que chegou a cogitar o suicídio .
Carreira
Natural de Canandaigua, cidade do Estado de Nova York, Ryan Lochte, hoje com 32 anos, conquistou 12 medalhas olímpicas, sendo seis de ouro (uma em Atenas-2004, duas em Pequim-2008, duas em Londres-2012 e uma no Rio-2016), três de prata e três de bronze. Ele tem ainda 25 medalhas em Campeonatos Mundiais, além de muitas outras em Mundiais de piscina curta.