A prisão ao se apresentar não foi uma total surpresa para Daniel Alves e a sua advogada de defesa. É isso o que garante o jornal espanhol La Vanguardia.
De acordo com novas informações que vem à luz, em conversas anteriores com a advogada do jogador, a polícia de Barcelona avisou que Daniel Alves tinha que se apresentar na Espanha para ser preso já que uma gravíssima acusação havia sido apresentada por um crime sexual.
Diante da informação, a advogada Miraida Puente tentou, nas horas anteriores do jogador comparecer, que Daniel Alves se apresentasse diretamente a juíza do caso, Anna Marin, evitando o depoimento na polícia. A estratégia, porém, caiu por terra, já que a juíza não quis receber a advogada naquele dia.
Mesmo assim, o jogador se apresentou. Para a imprensa espanhola há a possibilidade de o brasileiro ter acreditado que sua passagem pelo tribunal seria uma mera formalidade e que ele seria libertado logo em seguida, assim como ocorreu em outros casos com famosos e que foram resolvidos com dinheiro, por meio de um acordo extrajudicial.
Ainda antes de deixar o México, Daniel Alves também transmitiu à advogada sua disponibilidade para comparecer perante as autoridades policiais e judiciárias espanholas e colaborar. Porém, o único pedido foi poder estar presente no funeral da sogra na cidade de Tenerife, também na Espanha . De acordo com o jornal, o lateral prometeu pegar o primeiro avião após o funeral e se apresentar no dia seguinte a polícia. Foi o que aconteceu.
Horas antes da prisão, o jogador também seguiu as instruções de sua advogada e gravou um vídeo no qual proclamava sua inocência diante das acusações de agressão sexual. As imagens foram recolhidas pelo jornalista espanhol Carlos Quílez que as transmitiu em exclusivo no seu programa Antena 3.
O problema é que em sua versão o jogador apontava que não conhecia a jovem, mas a defesa não levou em conta a possibilidade de que aquela área da boate Sutton, em Barcelona, dispusesse de câmeras de segurança , que mostraram todos os seus passos.
Agora, Daniel Alves contratou o advogado Cristobal Martell, que fará uma defesa conjunta com Miraida Puente - como o próprio Alves pediu expressamente em suas comunicações do presídio Brians 2, para onde foi transferido nesta segunda-feira .
Martell e sua equipe têm até quinta-feira, às três da tarde, para entrar com recurso no Tribunal de Barcelona, pedindo a soltura do jogador. Ambas as partes terão um prazo de mais cinco dias para apresentar alegações. Ao recebê-los, a magistrada enviará toda a documentação ao Tribunal de Barcelona, que decidirá sobre o pedido de liberdade, levando em consideração a posição do promotor e do advogado da vítima.