O ministro das Relações Exteriores da Itália, Enzo Moavero, chamou de "emotivas" as reações críticas à realização da Supercopa Italiana, entre Juventus e Milan, em Jidá, na Arábia Saudita. Tanto a organizadora do torneio quanto os dois clubes vêm sendo pressionados a cancelar o jogo, devido às violações dos direitos humanos pela monarquia saudita.
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"Vimos reações talvez um pouco emotivas em uma questão que deve ser analisada de maneira mais realista", declarou Moavero na última sexta-feira, durante visita a Washington, sobre a partida da Supercopa Italiana ser disputada em Jidá.
A decisão entre Juventus e Milan na Arábia Saudita já era alvo de críticas desde o ano passado, após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado do país em Istambul, mas as reclamações ganharam força no início de 2019, em função da segregação das mulheres.
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O público feminino foi autorizado a acompanhar partidas de futebol em estádios na Arábia Saudita em janeiro de 2018, mas apenas em setores reservados e destinados às famílias, e a Supercopa não será exceção.
Enquanto homens poderão comprar bilhetes para os setores mais próximos ao gramado no King Abdullah Sports City, as mulheres terão de se contentar com os anéis superiores. Moavero, no entanto, minimizou a questão.
"A presença das mulheres no estádio não parece uma questão enquanto tal, porque as mulheres podem participar, ainda que em certos setores do estádio, por motivos que eles definem como de segurança", disse o chanceler.
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Dias antes, no entanto, o ministro do Interior Matteo Salvini, figura mais forte do governo e torcedor do Milan , havia dito que a realização da partida na Arábia Saudita era algo "nojento". A final da Supercopa Italiana está marcada para 16 de janeiro.