O presidente do Deportes Tolima, da Colômbia, Gabriel Camargo, fez declarações preconceituosas contra o futebol feminino femino nesta quinta-feira (20) e gerou a revolta de jogadoras do país.
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Em entrevista para a rádio 'Caracol', Camargo afirmou que o futebol feminino é um esporte onde as mulheres bebem mais que os homens, e que a Liga Feminina da Colômbia é um "terreno fértil para o lesbianismo".
Questionado sobre a qualidade do campeonato feminino, o presidente do Tolima disse ainda que "anda mal", além de não ser "sequer economicamente" rentável.
Camargo sugeriu ainda que os diretores do Atlético Huila, campeão da Libertadores Feminina de 2018 estariam arrependidos do investimento feito na categoria: "Pergunte ao Huila se estão arrependidos por ter ganho o título e por ter investido tanto na equipe".
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O Atlético Huila, também da Colômbia, foi campeão da competição no último dia 2 de dezembro em cima do Santos, em Manaus. A partida decidida nos pênaltis após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar.
As palavras do dirigente irritaram uma das jogadoras do Huila, Yoreli Rincón, que usou as redes sociais para rebater as críticas preconceituosas.
"Presidente Camargo, não se esqueça de onde vêm seus filhos: de uma mulher, ou quer que uma jogadora de futebol passe suas roupas ou lave os pratos do clube", escreveu a jogadora.
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O novo estatuto e regulamento de clubes da Conmebol, publicado em 2016, exige que os clubes tenham uma equipe de futebol feminino para estarem aptos a disputarem a Libertadores masculina a partir de 2019.