O ex-presidente do Sporting de Portugal, Bruno de Carvalho, foi preso no último domingo (11) acusado de 56 crimes, incluindo terrorismo. Dentre as acusações está a de que o dirigente teria sido o mandante de um ataque de torcedores contra jogadores e equipe técnica do clube no início do ano .
Em 15 de maio, mais de 40 torcedores da organizada Juveleo entraram na Academia do Sporting , em Alcochete, e agrediram jogadores, o técnico Jorge Jesus e outros membros da comissão técnica. De acordo com informações do canal de televisão TVI na época, um fisioterapeuta foi esfaqueado.
Bruno de Carvalho é suspeito de facilitar a entrada dos torcedores e ter planejado o atentado contra sua equipe. De acordo com o Ministério Público português, o presidente teve ajuda do líder da organizada Juveleo, Mustafá, que também foi preso no domingo.
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O dirigente foi destituído do cargo de presidente pouco tempo após as agressões por votação no conselho de sócios do clube. Nesta terça-feira, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol anunciou o afastamento de Carvalho e uma multa de 3.830 euros ( R$ 16 mil na cotação atual) por uma publicação no Facebook em março.
Quando ainda era presidente do Sporting, Carvalho insultou o presidente do Braga, Antonio Salvador, chamando-o de “"labrego, trolha e aldrabão". De acordo com o dicionário de língua portuguesa, labrego significa ignorante; trolha é uma termo pejorativo para indicar um indivíduo maltrapilho e aldabrão significa vigarista/enganador. A suspensão da Federação será por 30 dias.
O Tribunal de Justiça da Comarca de Lisboa esclareceu que o julgamento do ex-presidente e do líder da organizada Juveleo será realizado nesta quarta-feira. O processo já teria sido realizado se não fosse a greve dos oficiais de justiça no país que só terminou no começo da manhã desta terça-feira.
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Mesmo com o atraso, ambos devem permanecer detidos após prestarem depoimento. Outras 38 pessoas também estão presas por ligação com o episódio da agressão. Em entrevista à TV portuguesa, o advogado de Carvalho negou que o ex-presidente do Sporting tenha qualquer participação no caso.