Alexis Zárate , jogador argentino de 23 anos que hoje joga no Temperley , mas que já passou pelas seleções de base da Argentina, foi condenado nesta segunda-feira a seis anos e meio de prisão por abuso sexual . A sentença do lateral direito foi divulgada pelo tribunal criminal de Lomas de Zamora, na província de Buenos Aires.
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Revelado pelo Independiente, o jogador argentino foi julgado por agredir Giuliana Peralta, que hoje tem 22 anos, em 2014. O lateral, no entanto, não será preso por enquanto, já que recorreu às instâncias superiores e poderá aguardar o resultado dos recursos em liberdade.
"Foi feita justiça por mim e por todas as outras jovens que podem sofrer a mesma situação", desabafou a vítima, logo depois que a sentença foi divulgada, à agência EFE .
A pena inicial pedida pelo Ministério Público era de sete anos e meio de reclusão. Fora isso, que ele fosse preso imediatamente após a decisão do juiz. Raquel Hermida, advogada da vítima, ficou frustrada por isso não acontecer.
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"O que esperávamos, realmente, era a prisão. Porque a vida dela foi paralisada por três anos e meio, enquanto esse homem não ficou nem meia hora na delegacia", disse.
O caso
A vítima, em 2013, era namorada de Martín Benítez, que jogava ao lado do condenado no Independiente. De acordo com a defensora de Peralta, ela saiu para dançar com o namorado e este a levou para a casa de Zárate.
Nesta casa, a jovem teria tido relação sexual com o namorado e adormecido na sequência. Ela acordou quando percebeu que estava sendo estuprada. "Ela conta que resistiu a Zárate e que começou a gritar para que Benítez acordasse, mas que ele parecia seguir dormindo", disse Raquel Hermida antes do julgamento.
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Durante o julgamento, Gonzalo Falco, advogado do abusador, garantiu que o namorado à época da vítima não ouviu nada, porque houve consentimento da relação por parte de Giuliana.
"Se ela manteve relações forçadas durante três minutos com uma pessoa que a está violentando, teriam que existir lesões genitais, algum outro tipo de lesão, alguma sequela ou arranhão no agressor. E não havia, absolutamente nada", afirmou. O defensor do jogador argentino disse ainda que não existia qualquer prova que comprovasse o abuso sexual e que a sentença estava faseada em um depoimento sem credibilidade.