O comentarista Walter Casagrande rebateu os ataques que recebeu após criticar as declarações homofóbicas do central da Seleção Brasileira de vôlei Maurício Souza. Após ser chamado de 'viciado' e 'cheirador' nas redes sociais, o ex-atleta usou sua coluna no portal 'GE' para dizer que estes comentários reforçam o preconceito da sociedade.
"Depois do caso Mauricio Souza, os preconceituosos começaram a me atacar do jeito de sempre, usando minha doença como agressão. Eu fiquei um ano internado, de setembro de 2007 a outubro de 2008. Saí de alta e continuei meu tratamento até chegar ao ponto em que estou hoje. Não bebo, não fumo, obviamente não uso drogas e não costumo estar na rua de madrugada", explicou o comentarista.
"Esse tipo de ataque só reforça o tamanho do preconceito da nossa sociedade, sendo que a maioria dos agressores não tem nenhum conhecimento sobre o assunto. Outros não conseguem entender, e muitos são preconceituosos mesmo", continuou o ex-atacante.
"Tudo que o gado e os robôs estão falando é por puro ódio e ignorância. Essas pessoas ficam loucas de raiva quando são expostas pelos crimes que cometem. E aí demonstram todo seu ódio atacando quem eles consideram a pessoa que mais expôs a verdade naquele momento", concluiu Casagrande.
O jogador de vôlei Maurício Souza (veja fotos na galeria abaixo) foi demitido do Fiat/Minas Tênis Clube, na última quarta-feira, após comentário considerado pelo clube de teor homofóbico.
Maurício, no dia 12 de outubro, criticou via Instagram o fato de o novo Superman ser bissexual.
"É só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar", escreveu o central em suas redes sociais.
Desde então, nomes do esporte e de outros campos declararam repúdio ou apoio a Mauricio Souza, que também perdeu lugar na Seleção Brasileira de vôlei por conta de seu posicionamento.