Cereto deixou a Globo nesta quinta-feira depois de 20 anos
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Cereto deixou a Globo nesta quinta-feira depois de 20 anos

A Rede Globo foi processada por uma ex-funcionária que acusa a emissora de ser conivente com assédio moral. O abuso teria sido cometido pelo jornalista Carlos Cereto, que após 20 anos no canal esportivo anunciou sua saída nesta quinta-feira (1). A informação foi divulgada pelo site 'Notícias da TV'.

No processo, a ex-funcionária alega que Cereto a xingava e a fazia dar 'voltinhas' na Redação para exibir seu corpo. Outras três testemunhas que teriam visto a situação corroboraram a afirmação no processo que está sendo movido desde o fim de maio.

(Veja na galeria abaixo fotos de Cereto)


O jornalista ex-Globo teria chamado a ex-funcionária de "incompetente, desqualificada e despreparada", de acordo com o relato no processo. Em outra situação, Cereto dizia que a sua então colega "estava uma delícia, beijava sua mão" e a fazia dar uma voltinha.

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Segundo o site, a ex-funcionária denunciou os episódios para o RH da emissora na época, mas não obteve sucesso. Após ter denunciado o assédio, a ex-funcionária foi transferida para outro setor, no entanto, meses depois, Cereto voltou a chefiar ela, e novas situações constrangedores voltaram a ser cometidas.

Em trechos resumidos do processo, Cereto teria feito a ex-funcionária chorar por ter chamado a atenção dela de modo ríspido; confira abaixo:

- Uma vez, a autora comunicou (no final de 2012) uma discussão com Carlos ao RH e a superiores dele, ocasião em que a autora foi deslocada para outra área, retornando alguns meses depois a ser novamente subordinada a Carlos, pois este passou a coordenar também a área que a autora tinha se deslocado; nessa época, o depoente não estava mais no setor; que presenciou a autora comunicando ao superior, sendo que a comunicação ao RH foi a autora que disse ao depoente; que posteriormente a autora voltou ao Arena SporTV, mas o depoente não presenciou; que Carlos já gritou com o depoente e que já reclamou aos seus superiores; que Carlos enviava mensagens para o depoente e a autora por WhatsApp, e-mail e também telefonava, em qualquer horário do dia e da noite, mas com relação às ligações o depoente não presenciou, mas presenciou os e-mails, pois recebia cópia do mesmo e-mail; que o depoente recebeu ligações de Carlos de madrugada.

- A depoente tinha bom relacionamento profissional com Carlos Cereto, tendo sido contratada por ele; a depoente também se reportava a ele; [a testemunha também disse] que Carlos não tinha bom relacionamento com a autora, pois ele a tratava rispidamente, reclamava muito e falava em tom de voz alto, além de ser grosseiro desnecessariamente; que Carlos já chamou a autora de incompetente diversas vezes na frente de outros colegas; que a autora se sentia humilhada que a depoente e demais colegas ficavam constrangidos com a atitude de Carlos em relação à autora; que no geral, Carlos era grosso com todos, mas em relação à autora era mais ostensivo; que presenciou a autora chorando por Carlos ter chamado a atenção dela de modo ríspido.

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