O Ministério Público Federal solicitou autorização para abrir inquérito e investigar se o Corinthians pagou propina ao juiz Leonardo Safi de Melo para obter levantamento de alvará em 2018. A informação foi publicada pelo repórter Fausto Macedo, do Estadão. Em nota, o clube paulista afirmou que nunca cometeu qualquer ilicitude, mas o MPF aponta que o vice-presidente admitiu pagamentos.
Leonardo Safi de Melo está sendo investigado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O processo do Corinthians é um entre os 18 que apresentam indícios de atuação criminosa.
O Ministério Público Federal ainda informa que o advogado contratado pelo Corinthians, Juliano Di Pietro, o diretor jurídico Fábio Souza, além do presidente Andrés Sanchez e seu vice, Alexandre Husni, foram ouvidos nas investigações.
Segundo o jornal, o relatório aponta que os quatro integrantes confirmaram a solicitação de vantagem, mas não o seu pagamento. Husni afirma que houve pagamento de vantagem indevida para o levantamento do alvará expedido pelo Juiz Federal Leonardo Safi de Melo, mas que o clube não teve qualquer relação com o processo.
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Veja a nota do Corinthians abaixo:
“O Sport Club Corinthians Paulista, através de sua Diretoria, esclarece que sobre os fatos veiculados e que envolvem a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o juiz federal Leonardo Safi de Melo, todos os esclarecimentos foram prestados perante à Polícia Federal, confirmando a solicitação de vantagem indevida. Ademais, jamais se aceitou ou anuiu com essa solicitação.
Esclareça-se, ainda, que o processo que tramitava sob a jurisdição desse Magistrado teve desfecho desfavorável ao pretendido pelo clube, o que foi alvo de recurso. O Corinthians ou seus representantes jamais cometeram qualquer ilicitude e não compactuam com qualquer ato de corrupção.
E, por fim, esclareça-se que o depoimento do Vice-Presidente, Alexandre Husni, de que valores foram entregues aos servidores públicos investigados, se refere a processo de seu escritório movido contra os correios, sendo importante destacar que tal processo não tem relação alguma com o Clube. O SCCP reafirma seu repúdio à conduta dos servidores públicos envolvidos nesses crimes e se colocou inteiramente à disposição das autoridades para a efetiva apuração do ocorrido.”